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“Cápsula do tempo” será reaberta daqui a 10 anos

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Lacração das cápsulas ocorreu no último dia 22 e envolveu as escolas de ensino fundamental II

Um dia que ficará marcado na memória dos alunos da rede municipal de ensino de Guarujá. Foi assim a quarta-feira (22) para os estudantes de 6º ao 9º do ensino fundamental II, durante a solenidade de Projeto Marcas de um Tempo.

Na oportunidade, os alunos fizeram a lacração das cápsulas do tempo, com o acondicionamento desse material nos jardins das escolas. Dentro delas, os estudantes guardaram redações abordando experiências, receios, sentimentos e as expectativas do período pandêmico.

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Cada unidade escolar realizou sua própria cerimônia para acondicionamento das cápsulas

O material foi confeccionado pelos próprios estudantes a partir de um cano PVC.

A próxima fase do projeto acontecerá daqui a dez anos com a reabertura dessas cápsulas em 22 de setembro de 2031. O intuito da iniciativa é documentar a percepção dos alunos acerca das mudanças sociais provocadas pela pandemia e, ainda, como eles desejam ver a Cidade na próxima década. A realização é da Prefeitura, por meio da Secretaria de Educação (Seduc).

Cerca de 7.800 alunos que representam as 13 escolas de ensino fundamental II estiveram envolvidos no projeto. Cada unidade escolar realizou sua própria cerimônia para acondicionamento das cápsulas, que teve a execução dos hinos nacional e municipal, homenagens aos professores, apresentações musicais, vídeos, exposições, painéis, teatro e coral.

O “Marcas de um Tempo” é uma atividade interdisciplinar que começou a ser realizada em julho deste ano. Na proposta, os estudantes desenvolveram atividades envolvendo vídeo, música, desenho, rodas de conversa, e principalmente, a produção textual.

Davi Moraes Teodoro tem 16 anos e é aluno do 9º ano na EM Gladston Jafet. Ele conta que participar do projeto foi uma experiência excelente. “Pudemos colocar nossos sentimentos na cápsula e espero que daqui a dez anos ao lerem a nossa redação, os futuros alunos possam encontrar um mundo melhor, sem pandemia”.

O estudante falou ainda de como a atividade o auxiliou em disciplinas que ele apresentava dificuldades. “Ajudou muito com matemática e geografia. Meu raciocínio melhorou bastante”. Ainda na redação, Davi lembra que abordou a necessidade dos jovens em se interessar mais pelos estudos, assim como do desejo do avanço da tecnologia no ambiente escolar.

O secretário adjunto de Gestão de Ensino de Guarujá, João José de Oliveira Pecchiore, participou da cerimônia na EM Gladston Jafet e classificou a etapa desta quarta como um marco histórico.

“Foi uma proposta de muito sucesso tendo em vista o objetivo de documentar um período por meio da produção escrita e outros registros, traduzindo anseios, angústias, desafios e as esperanças desta geração de adolescentes e jovens. Pude constatar ainda, tamanho envolvimento de toda a comunidade escolar”, parabenizou.

Foto – Crédito: Vandro Prado/ Divulgação

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