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Entre Sons e Tons – Tatiana Macedo

Coluna – Como está a vida depois da vacina?

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Dr Drauzio Varela

“Eu já tomei a vacina e não deixo de usar a máscara de jeito nenhum”. (Reprodução/Redes Sociais)

O médico Drauzio Varella, recentemente, deu um depoimento sobre os cuidados que devem ser mantidos mesmo pelas pessoas que já tomaram a vacina contra a Covid-19. Há quem imagine que após a vacina “a vida volta exatamente onde parou”. Mas, quem já recebeu as duas doses conta que a realidade não é bem essa, e a expressão “novo normal” é mais real do que se imagina.

Dráuzio alertou em uma rede social: ”Eu já tomei a vacina e não deixo de usar a máscara de jeito nenhum. Não me meto em aglomerações, não fico por aí armando confusão. Por quê? Porque essas vacinas são bastante eficazes. Elas protegem contra a doença grave, mas, em primeiro lugar, não existe vacina que proteja 100%. Mesmo vacinado, você pode ficar doente”, disse o médico.

Drauzio também explicou que mesmo os vacinados podem transmitir o novo coronavírus para outras pessoas.

“Você entra em contato com o vírus. O vírus fica nas suas fossas nasais, não vai ficar doente, mas vai poder levar o vírus para dentro de casa para as pessoas que você mais ama. Então, a vacina é uma grande utilidade. Ela vai nos livrar do coronavírus, mas não é porque estou vacinado ou porque você está vacinado, você fala: ‘Agora liberou geral!”. Infelizmente, não. A gente tem que continuar agindo com responsabilidade”, lembra Dráuzio.

 

JOVENS IMUNIZADOS. E AGORA?

Robert

“Continuo usando máscaras, vejo meus amigos em visitas individuais” – Robert Greathouse

Para ilustrar esse “novo normal” trago o depoimento de um jovem brasileiro, saudável, que topou participar dos testes das vacinas desenvolvidas contra o novo coronavírus e conseguiu ser imunizado antes mesmo de muitos médicos, enfermeiros e da maior parte da população brasileira.

Robert Greathouse, 26 anos, está pronto para ir visitar seus pais após seis meses separados. Há seis meses ele tomou a vacina da Pfizer. Em um ato de coragem topou ser cobaia da vacina mais rápida que a ciência já desenvolveu. Centenas de brasileiros toparam receber o imunizante em caráter experimental. Depois de meses sem saber se estavam imunes ou não, receberem a notícia de que agora têm anticorpos contra a COVID-19, a doença que parou o mundo. E o que fazer com essa tal liberdade?

Robert é intérprete e viajava o Brasil com seu trabalho. Um trabalho muito legal, mas nada essencial. Ele recebeu um link para se candidatar a uma vaga de “cobaia” da vacina de uma amiga através do Whatsapp.

“Eu, na verdade, nunca imaginei ser selecionado, pois foi em setembro e já haviam muitos casos de morte no Brasil e estava todo mundo querendo vacina. Mas aconteceu, pois naquela época muitos não acreditavam em um imunizante produzido tão rápido”, lembra.

Para se ter uma ideia desse medo, que agora, em 2021, nos parece impossível, em dezembro de 2020 uma pesquisa do Datafolha revelava que 25% dos brasileiros afirmavam que não iriam tomar a vacina.

Robert recebeu a vacina em setembro de 2020. Mas, mesmo após ser vacinado, como ainda estava em observação, continuou a vida como se não fosse vacinado: trancado em casa, viu poucos amigos e seus pais três vezes em 1,5 ano. Em dezembro, a vacina foi aprovada pelo FDA, órgão responsável nos EUA, e aqui no Brasil anunciaram o fim do estudo. O mundo recebeu a notícia de que a vacina era eficaz. E o “cobaia Robert” também.

E então? “Fiz milhões de planos, me matriculei novamente na academia, me planejei de visitar meus pais”, mas os planos duraram apenas dois dias. Voltamos para a fase vermelha e após saber das variantes, minha vida continua igual quando não era vacinado”, afirma o jovem. “Continuo usando máscaras, vejo meus amigos em visitas individuais, cancelei novamente o plano academia”, lamenta Robert.

Imunizados ainda precisam passar por testes e usar máscaras em ambientes de trabalho.

A única coisa que mudou, segundo ele, foi a vida profissional. Depois de meses trabalhando de casa, ele pode voltar a frequentar estúdios para realizar traduções. Mas, ainda assim, ele precisa realizar o teste de COVID-19 antes de ser aprovado em cada trabalho.

“Ainda quando tenho febre logo penso: é COVID”, e busco logo o teste rápido”, explica.

Segundo Robert, alguns de seus amigos se apresentam negacionistas para a doença e desses, alguns tiveram que ficar hospitalizados e aprenderam a lição da pior forma. “Acabei me afastando de algumas pessoas, com pesar, mas é pelo bem dos demais que tomam os cuidados como eu. Infelizmente, vacinados ou não, a vida não vai ser como era antes, tão cedo”, lamenta o jovem.

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