Guarujá em Foco
Autoridades discutem viabilidade do Cing como base offshore em Guarujá
Guarujá – Com foco na retomada econômica, Guarujá deu mais um importante passo na última quarta-feira (21), quando o prefeito Válter Suman recebeu o secretário estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido, no Paço Moacir dos Santos Filho. Suman, Penido, secretários municipais e empresários discutiram a viabilização do Complexo Industrial Naval de Guarujá (CING) como um centro de apoio offshore para atender as plataformas da Bacia de Santos.
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Durante o encontro, que reuniu representantes da iniciativa privada, incluindo a Saipem (que dentro do consórcio com a DSME acaba de fechar contrato de 2,3 bilhões de dólares com a Petrobras para o fornecimento da plataforma P-79, que atua no pré-sal da Bacia de Santos), foi apresentado estudo preliminar que delimitou ações e estratégias públicas para atrair investimentos e o novo acesso viário ao CING, localizado em área estratégica do Munícipio.
“Guarujá é a peça chave para o Estado. Possuímos áreas e retroáreas fora do Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto de Santos, que representa agilidade na entrada e saída das embarcações para as plataformas que exploram o pré-sal na Bacia de Santos”, afirmou o prefeito Válter Suman.
O crescimento do setor de petróleo e gás no Estado de São Paulo, que foi acelerado pelo anúncio de investimentos bilionários da multinacional norueguesa de energia Equinor na Bacia de Santos, levou a Prefeitura de Guarujá a se preparar para receber fornecedores e investidores do segmento de petróleo e gás, com foco na geração de emprego e renda.
Já com este objetivo, em outubro de 2020, a Secretaria de Estado da Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA) e a Prefeitura assinaram um Protocolo de Intenções para impulsionar e transformar o CING em uma base offshore, servindo como um suporte às atividades desenvolvidas em alto mar.
“A iniciativa vem ao encontro do que o governador João Doria quer para o Estado de São Paulo, que é a geração de emprego e renda alinhada a um desenvolvimento sustentável”, declarou Penido, que demonstrou apoio e prometeu auxílio para encaminhar a proposta da Administração Municipal.
Acesso viário ao CING
Em um prazo de 90 dias, o Município deverá apresentar ao Estado um traçado para um acesso viário exclusivo à região do Complexo Industrial e Naval (CING). Para isso, a Prefeitura vem dialogando com a iniciativa privada a fim de viabilizar estudos de impacto ambiental.
A Prefeitura de Guarujá trabalha em parceria com a iniciativa privada para viabilizar áreas vocacionadas para a implantação dos novos investimentos. Uma área de 150 mil metros quadrados no CING vem passando por licenciamento ambiental e poderá servir como centro de apoio offshore.
“Melhorando o acesso viário para as referidas áreas, que é um ponto fraco do Município, conseguiremos trazer mais desenvolvimento e uma série de benefícios em níveis econômico e social. Com o apoio do Estado, poderemos sanar este obstáculo”, afirma o prefeito Válter Suman.
Base offshore
A implantação de bases de apoio offshore em Guarujá atenderá a demanda do mercado que será potencializado com o desenvolvimento da fase 1 do campo Bacalhau, na Bacia de Santos do pré-sal. O investimento anunciado pela operadora Equinor é de 8 bilhões de dólares, em parceria com a ExxonMobil, Petrogal Brasil e Pré-sal Petróleo SA.
As bases offshore são como centros logísticos que fazem a conexão com as plataformas de petróleo para garantir a disponibilidade de equipamentos e recursos necessários para as unidades marítimas. Atendem tanto produtos consumíveis (alimentos, remédios, material de escritório) como equipamentos.
O Estado de São Paulo é o segundo maior produtor de petróleo e gás do Brasil e o desenvolvimento da atividade offshore em Guarujá irá contribuir para o aumento da eficiência logística, gerando empregos diretos e indiretos na região, além da instalação de novos fornecedores locais.
O Município apresenta as melhores condições para atração de novos investimentos e já possui grandes fornecedores de serviços especializados e de alta tecnologia para o setor. A implantação das bases offshores depende de licenças ambientais, recursos para viabilização dos investimentos privados, obras nos acessos e a prospecção de parceiros no mercado de óleo e gás.
FOTO: PMG
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