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Guarujá busca novas alternativas para ampliar volume de captação de recursos hídricos

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Aproveitamento de nascentes e reúso de água do rebaixamento de nível freático são duas possibilidades levantadas em estudos, frutos de parceria entre a Prefeitura e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

Guarujá está buscando novas alternativas para ampliar os recursos hídricos à disposição da população. Há dois estudos em andamento, fruto de parceria entre a Prefeitura e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), para analisar a viabilidade de contar com nascentes e efluentes de rios que banham a Cidade, além do aproveitamento de água de rebaixamento do nível freático, sob edifícios.

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Os estudos, que devem apresentar resultados preliminares em seis meses, considerarão, também, a possibilidade de criar unidades de reservação de água próximas dos locais de captação. O intuito é adicionar uma alternativa em relação ao fornecimento tradicional, aos cuidados da Sabesp. Em especial nos períodos de estiagem – como o atual –, quando há uma redução natural na vazão do Sistema Jurubatuba, composto pelos rios Jurubatuba e Jurubatuba Mirim.

“As duas alternativas são ideias concebidas no Plano Municipal de Recursos Hídricos”, destaca o secretário de Meio Ambiente de Guarujá, Sidnei Aranha. “Com os estudos concluídos e viabilidades atestadas, partiríamos para a operacionalização dos métodos de captação, a serem realizada por meio de micro outorgas de uso”, complementa.

Nascentes e efluentes
O estudo para identificar a possibilidade de aproveitar nascentes e efluentes da Cidade consistirá primeiro em verificar quais delas são permanentes e as sazonais. Em seguida, o estudo focará na análise da qualidade da água, nas melhores práticas de captação, tecnologia necessária para o tratamento e reservação.

Em paralelo, também serão propostas soluções de saneamento básico para os locais que ainda não o possuem.

Rebaixamento do nível freático
Já o estudo para reúso das águas do rebaixamento do nível freático em edificações (aquelas que são drenadas e comumente vistas em canteiros de obras de grandes edifícios) passará pela análise da qualidade da água, estrutura necessária para tratamento e reservação, além de identificar a real usabilidade do recurso de forma potável.

Isso porque a localização de alguns edifícios, em especial os próximos à praia, podem ter seus rebaixamentos freáticos em contato com solo arenoso e água salgada. Com isso, a tecnologia para torná-la potável é um pouco diferente da tradicional. Uma opção considerada é o reaproveitamento pelos próprios prédios, para lavagem de calçadas e estruturas internas, por exemplo.

Cava da pedreira
Apontada como solução definitiva para o pleno abastecimento de água em Guarujá, o reservatório da chamada cava da pedreira já teve seu edital de licitação lançado pelo Governo do Estado em maio último.

A viabilização do mega reservatório foi alvo de constantes cobranças do Município à Sabesp, como forma de mitigar os episódios de desabastecimento de água nos períodos de estiagem ou de alto consumo, como na temporada de verão.

De acordo com a empresa, os períodos de estiagem afetam diretamente a vazão dos rios Jurubatuba e Jurubatuba Mirim, que fornecem água à Cidade. O volume de captação deles chega a cair dos normais dois mil litros por segundo para menos da metade.

Depois de pronto, o mega reservatório será capaz de armazenar 3 bilhões de litros de água bruta, o que, por si só, garantiria o abastecimento de Guarujá por dois meses. Paralelamente, a Sabesp trabalha na construção de um outro reservatório, com capacidade para 10 milhões de litros de água, no bairro Morrinhos, em Guarujá.

“Há projetos de grande monta que oferecem alternativas a médio e longo prazo. Porém, o Município, de maneira proativa, busca soluções inteligentes para identificar fontes de captação capazes de suprir as necessidades de algumas localidades da Cidade, que por si só ajudariam a aliviar a sobrecarga do sistema de distribuição da Sabesp”, explica o prefeito de Guarujá, Válter Suman.

Fotos: PMG

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