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Covid-19: Guarujá tem protocolo de testagens focado no tempo de sintomatologia

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Desde o começo da pandemia do novo coronavírus até o momento, a Prefeitura de Guarujá fez 23 mil testes – entre sorológicos (que busca os anticorpos IgM e IgG) e RT/PCR (que localiza a biologia molecular do vírus). E para a realização deles, o Município adota um protocolo que consiste em testar apenas pacientes que tenham sintomas de Síndrome Gripal (SG), de acordo com prévia avaliação médica.

O RT/PCR é considerado o padrão-ouro para detecção da covid-19. A execução do exame pode ser um pouco cômoda, pois a amostra é colhida utilizando um cotonete (swab) nas narinas e garganta do paciente. Ele busca a molécula do novo coronavírus na região nasofaringe do possível infectado, que é exatamente por onde ocorre a excreção de partículas contaminadas, ocasionando na transmissão da doença. O munícipe pode ser submetido à testagem de acordo com a recomendação médica, em especial quando procura uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

“Apesar de ser considerado padrão-ouro para localização do vírus, o RT/PCR tem um prazo específico para ser realizado. É sempre entre o início dos sintomas até o sétimo dia, preferencialmente entre o terceiro e o quinto.Isso porque é exatamente neste período que a molécula de vírus fica instalada nas regiões que o swab colhe as amostras, a chamada fase aguda. Sem sintomatologia ou tendo se passado mais dias, o exame já não é mais indicado”, explica o diretor de Vigilância em Saúde.

Após o período de sintomatologia mais aguda – cerca de 10 a 14 dias -, o exame mais indicado é a sorologia (teste rápido). Pois quando não existem mais partículas de vírus na região nasofaringe significa que o corpo do paciente já está lutando contra a infecção. É exatamente isso que a testagem com a coleta de sangue busca: os anticorpos.

Eles são da classe IgM e igG. A presença isolada do primeiro indica que a infecção ainda pode estar ativa; se a detecção for apenas do segundo, quer dizer que aquela pessoa teve um contato anterior com a doença, já tendo criado defesas que sugerem uma imunidade à covid-19. Quando os dois aparecem juntos, significa que o sistema imunológico do paciente está destruindo os últimos resquícios do vírus e que possui as defesas que tendem a impedir uma reinfecção.

Diferentemente do RT/PCR, os testes rápidos também podem ser feitos em Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Unidades de Saúde da Família (USAFAs). E outra diferença do teste molecular é a precisão da análise em relação ao tempo de infecção. Quanto mais dias se passarem maior é a sensibilidade.

Fluxo de Retorno

Após a realização e entrega dos resultados dos exames aos pacientes, é iniciado o fluxo de notificações à Vigilância Epidemiológica. Seja positivo ou negativo, é necessário informar cada testagem feita no Município. No entanto, o alto volume de testes colhidos diariamente ocasiona uma diferença de dias entre a data da execução do exame e o aparecimento de um descartado ou confirmado nos boletins diários da Secretaria de Saúde (Sesau).

Coordenadora da Divisão de Vigilância Epidemiológica e sua equipe são responsáveis por receber as notificações, tabulá-las e enviá-las ao Ministério da Saúde e, consequentemente, ao boletim epidemiológico diário.

Esse trabalho começou em meados de março, quando a pandemia estava prestes a chegar à Cidade, e foi aumentando a cada semana até junho, quando o pico da covid-19 foi registrado em Guarujá.

“Chegamos a notificar mais de 200 exames positivos diariamente, de testes realizados há dois ou três dias. Era algo esperado, pois no mês de junho vivenciamos o pico da doença e mantivemos um número de testes alto. Neste momento, com menos confirmações, temos conseguido dar mais vazão às informações para deixar o boletim cada vez mais aderente em relação às datas”, comenta.

Óbitos

Da mesma forma ocorre com os óbitos. Leva um período para que sejam notificados à Vigilância e entrarem no boletim diário. É por isso que é incorreto afirmar que um determinado número de pessoas morreu em decorrência da covid-19 no dia anterior. Pois, na maioria das vezes, o falecimento aconteceu há alguns dias, ainda sem confirmação de infecção pelo novo coronavírus, e ele só é computado após exame comprobatório.

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