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novembro

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2024 ainda sem picanha

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Recentemente, no UOL, Josias de Souza faz uma análise interessante do Lula. Ela considera:  “Quando a imprensa tem responsabilidade, reconhece esforços e resultados invulgares, como se dá com o governo Lula”. “The Economist”, insuspeita de simpatia pelo comunismo e mesmo por esquerdismos mais suaves, sustenta que três países se destacaram neste ano que termina: Brasil, Grécia e Polônia.

»» Leia também: Em tempos de “Bi”

Desde 2013, a “Economist” escolhe “O País do Ano”, entendido como “o lugar [do mundo] que melhorou mais”. O por assim dizer, “prêmio” estava destinado ao Brasil, mas a distinção não veio em razão do tratamento, considerado excessivamente humano, dispensado por Lula a Vladimir Putin e a Nicolás Maduro — crítica que não me parece despropositada, ainda que eu mantivesse a distinção, que ficou com a Grécia, se me fosse dado decidir”.

O que demostra que Lula pode ter alguns acertos por aqui nas terras tupiniquins, mas ainda tem uma política externa caolha. Aliás, para seu desagrado, porque, mais do que nunca ele gostaria de ter reconhecimento mundial. Os erros advêm do eterno vício esquerdista que sempre o acompanhou e irá com ele até o fim de seus dias.

Haja vista a força que o PT o possui na administração lulista de antes, e na de agora, mais do que nunca, afinal a esta voz se juntou a de Janja e os decibéis se multiplicaram.

Ressalte-se que acertar aqui poderia ser melhor, não fora a maneira submissa ao Congresso com a qual Lula anda lá pelo Planalto.

Seria o Presidente uma pessoa com mais responsabilidade devotada ao povo se gastasse menos com os políticos da Câmara e do Senado. Uma mancha terrível cuja gravidade recai nas costas da população, afinal gastar tanto dinheiro com eles e deixar de gastar com as maiores necessidades que o brasileiro, de forma crônica arcando no lombo esfolado, demonstra um presidente refém aos comandos do legislativo nacional.

Com as medidas feitas pelo governo, conforme o discurso de Lula no Natal deste ano, temos a sensação que não está ruim, mas também não está bom.

Dentre as tantas coisas inumeradas por ele, as quais não podemos medir, pois não somos técnicos em economia e nem dispomos de dados necessários para referendar ou desmentir Lula, uma das afirmações, pelo menos, podemos ver que não é verdadeira “os preços dos alimentos caíram”.

Sinto muito Sr. Presidente, o dia a dia nos supermercados prova o contrário. Coisa que com o cartão corporativo da presidência Vossa Senhoria não percebe. Daí, eu acreditar piamente, que não será ainda em 2024 que o povo “comerá picanha” como sempre o senhor prometia em sua campanha na eleição passada.

Por último, desejando um Feliz Ano Novo aos leitores que me acompanharam neste ano que se vai, quero me despedir com um trecho de um poema de Carlos Drummond de de Andrade.

Para mim, sem entrar em detalhes, ele diz muito. Vale a pensar e seguir caminho conforme esse poeta nos convida.

Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.

Sérgio Motti Trombelli
É professor universitário e palestrante cristão.

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