Prefeitura e Conselho de Saneamento  cobram revisão do contrato da Sabesp

A Prefeitura de Guarujá abordou a necessidade de mais investimentos e a abertura da licitação para empresa revisar o contrato da Sabesp

A Prefeitura de Guarujá e o Conselho Municipal de Saneamento Ambiental exigiram a revisão do contrato da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) com o Município e mais investimentos para que a Cidade não sofra desabastecimento de água. Os pleitos foram apresentados na reunião do Conselho de Saneamento realizada na segunda-feira (8), que ocorreu de maneira virtual, pela plataforma Microsoft Teams.

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O valor de R$ 760 milhões previsto no contrato assinado em 2018 para ser investido em 30 anos foi questionado pelo colegiado, por estar abaixo do faturamento estimado para ser obtido pela Sabesp no mesmo período. De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente, Antônio Lopes, o Conselho de Saneamento cobra investimentos mais expressivos e urgentes para a reservação hídrica necessária para suprir a demanda de consumo.

“É preciso melhorar a capacidade de investimento, por isso a necessidade de revisão do contrato com a Sabesp. Precisamos considerar a evolução da Cidade no que diz respeito à expansão portuária e retroportuária, a revisão do Plano Diretor, que trará a verticalização de parte da Enseada e um novo boom imobiliário, e o crescimento do turismo”, pontua Lopes.

No mês passado, servidores públicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam) e da Agência Reguladora de Serviços Públicos (Arsesp) do Governo Estadual se reuniram com representantes do Ministério Público (MP) e integrantes do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Comdema) para debater o problema. Os técnicos da Arsesp ficaram cinco dias fiscalizando os serviços da Sabesp em Guarujá. A Semam aguarda agora os relatórios da Arsesp para dar prosseguimento às tratativas com a Sabesp.

A Semam apresentou ainda a proposta de implantação do Plano Municipal de Recursos Hídricos, que está sendo elaborado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e realizará uma planta experimental para abastecimento de uma comunidade desconectada do abastecimento da Sabesp como piloto.

O secretário destaca ainda que a Sabesp informou uma pequena evolução no abastecimento após as chuvas do fim de semana, já que a vazão de água era de 1.030 litros por segundo até sexta-feira (5) e passou para 1.260 litros por segundo na segunda-feira (8). A Sabesp apresentou dados apontando que a estiagem de 2022 é a terceira pior da média histórica em dez anos.

Serviço

Os munícipes que necessitarem solicitar caminhões-pipa devem entrar em contato com a Sabesp pelos telefones 195 ou 0800-055-0195. Já o telefone para as pessoas com deficiência auditiva e de fala é 0800-016-0195.