Guarujá em Foco
Atividades em Comemoração ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial em Guarujá
Para marcar o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, celebrado em 18 de maio, a Prefeitura de Guarujá está organizando uma série de eventos que incluem a exibição de filmes, oficinas e workshops. Coordenada pela Secretaria de Saúde (Sesau), a programação está agendada para esta sexta-feira, dia 24, e na segunda-feira, dia 27.
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No primeiro dia, as atividades terão lugar no Teatro Procópio Ferreira, situado na Av. Dom Pedro I, 350, no Jardim Tejereba, com a exibição do documentário “Holocausto Brasileiro” às 8h30. O documentário aborda a história do Hospital Colônia de Barbacena e os tratamentos desumanos aos pacientes, resultando na morte de 60 mil pessoas. O evento é aberto ao público.
Já na segunda-feira, a programação será realizada na Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp), no Campus Guarujá, na Avenida Dom Pedro I, Enseada. Das 8h30 às 9h30, os pacientes dos quatro Centros de Atendimento Psicossociais (CAPs) de Guarujá e os moradores da Residência Terapêutica (Jardim Cunhambebe) participarão de um café da manhã, seguido por uma oficina de música das 9h30 às 10h e um show de talentos das 10h às 11h.
Luana Gargiulo, coordenadora de saúde mental da Sesau, destacou a importância de fazer a sociedade refletir sobre a luta antimanicomial e a reforma psiquiátrica. O evento também incluirá workshops de mandalas terapêuticas, práticas integrativas, exposição da produção das oficinas dos CAPs e uma oficina de cartografia.
Marco na Luta pelo Fim dos Manicômios
O movimento pela Reforma Psiquiátrica teve início na década de 1970, com o lema “Por uma Sociedade sem Manicômios”. A escolha da data de 18 de maio se deu em função do Encontro dos Trabalhadores da Saúde Mental, em Bauru/SP, e da primeira Conferência Nacional de Saúde Mental, em Brasília, em 1987. Em 2001, foi aprovada a Lei Federal Antimanicomial nº 10.216, conhecida como “Lei Paulo Delgado”, marcando o início da Reforma Psiquiátrica no país e protegendo os direitos das pessoas com transtornos psiquiátricos.
Em 2002, o Ministério da Saúde determinou a substituição dos hospitais psiquiátricos pelos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) para oferecer tratamento extra-hospitalar aos pacientes, com assistência psicológica e médica. Além disso, foram criadas as Residências Terapêuticas para promover a reinserção social dos pacientes internados nos hospitais de custódia.
Assistência na Rede Municipal de Saúde
O serviço foi implementado há 10 anos, seguindo a portaria nº 106, de 11 de fevereiro de 2000, do Ministério da Saúde. Uma equipe composta por 13 servidores, incluindo coordenador/curador, enfermeiras, auxiliares, técnicos de enfermagem e auxiliar de serviços gerais, oferece cuidados aos pacientes. Eles contam com o suporte multiprofissional do CAPS III, localizado na Avenida Adriano Dias dos Santos, 692, no Jardim Boa Esperança.
Em casos que necessitam de atendimentos clínicos, os residentes são encaminhados à Unidade Básica de Saúde (UBS) da Vila Alice ou, em algumas circunstâncias, os profissionais de saúde da unidade realizam atendimentos na residência dos pacientes. A Prefeitura mantém uma parceria com a Associação de Valorização do Desenvolvimento Social (AVDS), que oferece diversas terapias integrativas, como oficinas de alongamento, cromoterapia, auriculoterapia, musicoterapia e massoterapia.
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