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Eleições 2024: urnas são lacradas para o 1º turno

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Mais de 100 mil urnas recebem informações de candidatos e eleitores em cerimônia pública

O processo de carga e lacração das urnas eletrônicas para as eleições municipais de 2024 teve início na terça-feira (24) em todo o estado. Durante o procedimento, as urnas são carregadas com os sistemas eleitorais, incluindo os dados de eleitores e candidatos. Após a inserção dessas informações, os equipamentos são lacrados com selos da Casa da Moeda e serão utilizados exclusivamente no 1º turno, no dia 6 de outubro.

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A carga das urnas é feita por meio de mídias que contêm aplicativos e sistemas digitais assinados e lacrados previamente pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na 1ª Zona Eleitoral, localizada na Bela Vista, cerca de 600 urnas passarão pelo procedimento nos próximos dias.

Processo transparente com fiscalização

O evento público foi acompanhado pelo juiz eleitoral Antonio Maria Patiño Zorz, o promotor Fabiano Augusto Petean e cidadãos interessados. “As urnas são o principal instrumento de voto. Este procedimento visa dar total transparência ao processo, assegurando que os dados inseridos sejam corretos e que as urnas estejam lacradas e prontas para o uso nas seções eleitorais”, explicou o promotor Petean. No estado de São Paulo, 114.740 urnas, incluindo as de contingência, passarão pelo processo de carga e lacração. Na capital, serão preparadas cerca de 30 mil urnas.

Etapas e segurança do processo

Cíntia Nakasako, chefe da 1ª Zona Eleitoral, detalhou as fases do procedimento. O processo começa com a preparação das mídias por meio de um sistema auditado pelo TSE. Depois, as informações dos eleitores e candidatos são inseridas nas urnas, que em seguida são lacradas. “Dependendo do cartório, o procedimento pode durar dias”, afirmou. As urnas serão transportadas aos locais de votação no sábado (5), véspera da eleição.

Conforme a Resolução nº 23.736/2024 do TSE, o procedimento deve ser concluído até 4 de outubro. O processo é aberto ao público e pode ser acompanhado por representantes do Ministério Público, OAB, partidos, federações e coligações. Essas entidades podem fiscalizar a integridade dos sistemas e a regularidade do procedimento.

Fiscalização internacional

A doutoranda em Ciência Política Marina Machuca de Godoi, que pesquisa o uso de tecnologias eleitorais no Brasil, acompanhou a preparação das urnas na 1ª Zona Eleitoral. “Estou estudando como as urnas eletrônicas foram desenvolvidas e implementadas desde a redemocratização até os dias atuais”, contou a estudante de Sciences Po Paris. Além da carga das urnas, ela vai observar a votação e a totalização dos resultados.

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) reforçou que qualquer cidadão pode acompanhar o procedimento desde que apresente documento oficial com foto e siga as normas estabelecidas. Reclamações ou dúvidas podem ser encaminhadas ao juiz eleitoral ou ao chefe do cartório.

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