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2020 extremo na história do clima em São Paulo

Publicado

em

Da Redação

Aqui no Brasil, quando o assunto é previsão de clima e tempo, os extremos climáticos ganham destaque. Segundo o Inmet, o mês de setembro de 2020 “foi de fortes anomalias”, devido às altas temperaturas e a falta de chuvas no estado. Na estação meteorológica do Mirante de Santana, o acumulado mensal de chuva foi de somente 14,6 mm, o que corresponde a um déficit hídrico de 70 mm no mês.

De acordo com a Climatempo, São Paulo foi um exemplo desses extremos desde o mês de janeiro na capital paulista, e divulgou alguns fatos meteorológicos que fizeram de 2020 um ano especial na história do clima da cidade de São Paulo.

Fevereiro foi marcada por temporais históricos.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a cidade de São Paulo teve, em 2020, o maior acumulado de chuva para um mês de fevereiro desde o início das medições em 1943.

Foram registrados 494mm, quase o dobro da média que é de 246mm. Deste volume, 114mm foram acumulados apenas no dia 10. O que provocou alagamentos generalizados e até o transbordamentos dos rios Tietê e Pinheiros.

Março: As águas que não fecharam o verão
“São as águas de março fechando o verão, é a promessa de vida no teu coração”. Os belos versos de Tom Jobim já indicam que o mês de março tem chuva, o problema é que neste ano ela não veio para a capital paulista.

Com um acumulado de apenas 70,6mm, 67% abaixo da média que é de 214,5mm, março de 2020 entrou para a história da climatologia paulistana como o quinto mês mais seco da história.

Junho: chuva de mais e frio de menos
São Paulo teve praticamente o triplo do normal de chuva para o mês de junho. Foram 152,4mm e a média climatológica é de 50,3mm. E mais um valor notável para junho de 2020, entre os dias 26 e 27 o Inmet registrou 89,6mm, a maior quantidade de chuva em 24h para um dia de junho desde 1943.

E para deixar esse junho ainda mais excepcional, o mês quebrou o recorde histórico de maior temperatura mínima, com 15,7°C, lembrando que a média normal é de 13°C.

Julho: ventania, um ciclone bomba e inverno quente
No dia 01 de julho, um ciclone bomba se formou no Sul do país, mas a ventania se espalhou também para o estado de São Paulo e a capital chegou a registrar ventos em torno dos 80 km/h, que provocou queda de árvores.

Julho também marca um mês do chamado alto inverno, o ápice da estação mais fria do ano, que em 2020 foi mais quente que o normal. Segundo as médias do Inmet, as temperaturas mínimas e máximas ficaram 2° acima do normal.

Setembro: recorde de calor
O grande destaque do mês de setembro foi o calor. Ainda segundo o Inmet, a cidade de São Paulo teve a maior média de temperatura da história com 29°C, 5°C acima do normal para o mês.

Outubro: encostando no recorde absoluto de calor
O calor extremo também foi destaque no início do mês de outubro. Isso porque a cidade de São Paulo encostou no recorde absoluto de calor no dia 02, com 37,4°C que agora é a segunda maior temperatura registrada na capital paulista. A maior temperatura registrada pela estação do Inmet no Mirante de Santana foi de 37,8°C no dia 17 de outubro do ano de 2014.

Intensa onda de calor no Brasil

O que está acontecendo?
A chuvarada do começo do ano é bastante comum. Com o avanço de frentes frias e formação de sistemas de baixa pressão atmosférica na costa paulista, há a formação de muitas nuvens carregadas, o que acarreta em tais volumes acumulados.

Por outro lado, as temperaturas muito altas já não são tão comuns. Neste ano, os valores extremos de calor ocorreram por conta da persistência de bloqueios atmosféricos, são sistemas de alta pressão muito intensos que atuam como uma barreira e impedem o avanço de frentes frias. Se não tem frente, não tem massa de ar polar, por isso as temperaturas não caiam.

O ano ainda não acabou, estamos em outubro, e pelo que estamos observando ainda teremos muito assunto para comentar até o dia 31 de dezembro.

(Fonte: editado com informações de Climatempo)

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