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Guarujá tem redução de 58% nas internações por covid-19

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Número de internados em UTI é 52% menor que no começo do mês; lockdown adotado na segunda quinzena de março e manutenção da fase emergencial até a última semana foram decisivos para queda

Guarujá apresenta redução de 58% em número de internações por covid-19 em leitos públicos em comparação com o início de abril. O número de pacientes em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) também caiu em 52%. Os dados foram colhidos entre o dia 2 de abril e esta quinta-feira (29).

No dia 2 de abril, a Baixada Santista ainda estava em lockdown – adotado em 23 de março e que seguiu até 4 de abril. Ele consistia em medidas mais restritivas em relação às previstas pela fase emergencial, do Governo do Estado. Nesse dia, havia 167 pessoas internadas nos leitos públicos destinados para a covid-19 em Guarujá, sendo que 50 delas estavam em UTI.

Nesta quinta-feira (29), na semana em que todo o Estado de São Paulo passou para uma fase de transição, que permite a abertura controlada da maioria dos segmentos comerciais, o Município possui 69 indivíduos internados em leitos públicos. Destes, 24 ocupam leitos de UTI – 58% e 52%, respectivamente, em relação a 2 de abril.

Resultados têm explicação
Os resultados são fruto das medidas restritivas adotadas desde a segunda quinzena de março, quando a ocupação de leitos públicos de enfermaria e UTI variava entre 95 e 100% e o número de internações crescia a cada dia, deixando o Município cada vez mais próximo de um colapso, mesmo após uma rápida ampliação na oferta de assistência no mesmo período.

A Cidade agiu rápido. De 23 de março para cá, foram criados 20 leitos no Hospital Santo Amaro (HSA), 10 de enfermaria e outros 10 de UTI, e implantado um Hospital de Campanha em Vicente de Carvalho, com capacidade para até 50 leitos de baixa e média complexidade.

Além disso, houve uma mudança no foco de atendimento e internações na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Dr. Matheus Santamaria, a UPA da Rodoviária. No local foram contingenciados leitos de outras patologias para que a unidade se tornasse referência para assistência a pacientes com sintomas compatíveis com a covid-19.

Com a redução no número de pessoas nas ruas, o vírus também tende a circular menos. Se há menor carga viral disponível, também é pequeno o percentual de pessoas contaminadas e que precisam de um leito para se recuperar da doença.

As próximas quedas significativas a serem observadas devem se dar nos números de casos e óbitos. Isso porque o tempo entre a contaminação, incubação do vírus, manifestação dos sintomas e a evolução a óbito, quando é o caso, é de cerca de 30 dias.

Fotos:PMG

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