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Colunas

A campanha, os números, os bolsos e os votos

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As Federações Partidárias foram aprovadas e este é um fato novo dentro do processo eleitoral de 2022. Creio que para melhor, afinal que se elege por um partido tem ficar nele até o final do mandato, acabando com o leilão de apoio pós-eleitoral e mais, permitirá que partidos se agrupem com mais facilidade e de maneira integral, isto é, em todos os cargos e para todo o Brasil.

Há tempos, os especialistas e a imprensa são unânimes em dizer que a eleição de 2022 já teve seu início, aliás  bastante antecipado. Talvez isso se deva à índole do próprio presidente, ou, à absolvição do ex-presidente Lula e sua predisposição em se candidatar, além de nomes novos que precisavam pôr a público seus nomes, como o ex-juiz Sérgio Moro, por exemplo.

— Leia também: Não aguento mais!!!

Todos sabemos que as campanhas servem para se mexer nos números. Ademais todos sabemos também que aquele que possui a caneta pode mexer no bolso da população, e da mesma forma, todos sabemos que o bolso mais cheio do povo redunda em votos.

Desta forma números, bolsos e votos estão intimamente ligados.

Sabidamente também, somente uma pessoa pode mexer nisto tudo de uma só vez: aquela que detém o poder maior.

Por isso, a eleição não será fácil, pois os números de hoje estão sujeitos a muitos fatores, mas estes três citados são determinantes. Um prefeito que conheci me disse certa vez: “Sentado nesta mesa não perco uma”. E não perdeu, não só quando foi candidato a reeleição e nem mesmo quando apoiou um outro candidato de seu grupo político.

A situação do presidente Bolsonaro é diferente, afinal o universo eleitoral é maior e nomes de peso contribuem para um embate eleitoral mais acirrado, mas coincide em alguns pontos, principalmente o de estar sentado onde a caneta está.

Assim, aumento de salários a categorias específicas, mesmo quando quem vai ter que assumir o pagamento não é o governo federal, mas os estados, como no caso dos professores, ou a renda mensal aos mais pobres, além do barateamento dos combustíveis e mais outras tantas coisas que podem acontecer, acabarão sendo fundamentais para a mexida nos números.

Uma vez, Maluf criou o Leve Leite, quem sabe, com mudança de nome como o governo central vem fazendo em tantos programas assistenciais, este caso do leite  surja novamente. Com outro nome. Poderia ser “Leite na Barriga”, ou “Leite Goela Abaixo”, é só uma questão de escolha.

Outra coisa importante, as pesquisas serão mais intensas afim de monitorar avanços e recuos. A última que vi foi feita pela Genial/Quaest, divulgada nesta quarta, dia 9,  e o quadro pareceu não mudar muito.

Senão vejamos:

Lula ……………………….  46%

Bolsonaro ……………….. 24%

Moro ……………………….   8%

Ciro …………………………   7%

Os demais candidatos, que somam 5 postulantes não passaram de 3% e continuam patinando.

Isto sem contar os desarranjos internos de partidos como o PSDB e alguns partidos do centrão que querem fazer voos solitários criando dificuldades na formação das federações.

Uma terceira via, cujo nome pareceu convidativo ao surgir, continua sendo uma incógnita, contudo há muita expectativa de que ela possa se cristalizar, mas está difícil. Parece que todos querem tomar o mesmo sorvete de palito, e só cabe uma boca. O duro é: qual delas? Mas, todos sabemos,  o sorvete vai derretendo com o tempo e aí…

Com Lula se mantendo em primeiro, e Bolsonaro podendo subir mais, a polarização poderá acabar sendo um fato.

Quadro difícil, e perigoso, porque polarizações acabam trazendo recrudescimento, e o que nosso país mais precisa é de saúde, emprego e paz, principalmente paz.

Sérgio Motti Trombelli
é professor universitário e palestrante

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