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Só Para Pensar – Sergio Trombelli

A lapidação do espírito

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Sérgio Motti Trombelli

Muito se fala que estamos vivendo neste século o início de um novo mundo, chamado “Mundo de Regeneração”. Todas as doutrinas místicas, espíritas e espiritualistas em geral são unânimes em admitir isso. Por outro lado, chega ao fim o que é considerado o atual “Mundo de Provas e Expiações”.

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No livro bíblico de Eclesiastes, 2:4-1, há uma máxima: “A felicidade não é deste mundo. Com efeito, nem a riqueza, nem o poder, nem mesmo a florida juventude são condições essenciais à felicidade”.

Joanna de Ângelis nos ensina que “provas e expiações são necessidades elaboradas por nós próprios, a fim de repararmos as faltas cometidas, encontrando na dor, que se deve superar, os recursos valiosos para a nossa libertação das graves e inditosas atribulações que nos tiram a paz de consciência”.

Através do esforço próprio, das lutas e do “sacrifício”, o ser humano vai lapidando a sua personalidade, desenvolvendo a sua inteligência e iluminando-se espiritualmente.

Esse processo é comprovado até pela natureza. Se observarmos uma pedra dentro de um rio quando este ainda está em sua nascente, veremos que ela é áspera e pontiaguda. Ao olhar para a mesma pedra na foz do rio, percebemos que ela está arredondada e lisa.

Tudo isso acontece porque, ao rolar pelas águas e pelo leito do rio por anos a fio, sua aspereza foi sendo eliminada, lapidando-se e perdendo seu formato disforme.

Assim é a vida: ela vai lapidando as asperezas da pedra bruta que somos nós, de encarnação em encarnação.

Por outro lado, não devemos crer que todo “sofrimento” pelo qual passamos neste mundo esteja necessariamente ligado ao passado, como se afirma, às vezes. As provas são situações que nos servem de aprendizado ou testam nossa capacidade.

Sem as provas (desafios), não alcançaríamos o pleno desenvolvimento de nossas potencialidades nem teríamos merecimento para usufruir os benefícios da perfeição a ser alcançada.

E a Expiação, o que vem a ser?
Expiar, segundo a definição comum e dicionarizada, significa sofrer em função de alguma coisa. Para Chico Xavier, “Neste mundo, seja quem for, cada qual tem a sua parte de trabalho e de miséria, seu quinhão de sofrimento e desengano”.

São “sofrimentos” físicos e morais, consequentes dos desequilíbrios ocasionados no passado a si próprio.

Ainda temos em nosso currículo espiritual certas atividades que poderiam ser chamadas de “missão”. Ou seja, compromissos que assumimos ao encarnar, e as oportunidades que surgem na vida nos permitem cumprir tudo aquilo que nos está reservado.

A missão tem muito a ver com Ética, Moral e Trabalho. A Ética são os princípios do bem que superam o tempo e as sociedades. A Moral é o exercício desses princípios. Simplificando, Ética é teoria – obrigação de saber; Moral é prática – obrigação de fazer.

Lembremo-nos sempre: Deus, em sua soberana justiça, nos legou o trabalho como instrumento de aperfeiçoamento, ao qual todos “fatalmente” estamos predestinados. Assim, nossa missão está em tudo o que fazemos, desde que seja para o bem, seja algo grande ou pequeno.

É importante seguir o que Chico disse sobre tudo isso: “O que penso ser mais importante é poder sair desta vida melhor do que no momento em que nela entrei”.

Sérgio Motti Trombelli é professor universitário e palestrante cristão.

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