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novembro

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A mesa magra de uns e o dinheiro gordo de outros

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Todas as vezes que vemos na TV matérias sobre a alimentação do brasileiro, sentimos uma revolta imensa. Nos bairros periféricos as geladeiras estão vazias. No agreste, como não há luz, as TVs mostram que as panelas nem sempre estão cozinhando, e quando o fazem é só arroz e nada mais.

“Um quarto da população brasileira, cerca de 52 milhões de pessoas, vive em situação de pobreza ou extrema pobreza.”, diz o IBGE, e quem sabe este censo venha mostrar mais ainda uma realidade que não sabemos.

— Leia também: Comércio na orla é alvo de fiscalização do Procon

Os dados atuais são: o cenário geral de pobreza é de 52 milhões de pessoas; em pobreza estão 39 milhões e em pobreza extrema estão 13 milhões de brasileiros, o que perfaz os 52 milhões acima citados.

Quando se fala em pobreza extrema, não estamos falando de pessoas que não têm um tênis no pé, ou duas camisetas e uma bermuda, o que a maioria do povo não tem é comida na mesa mesmo.

Os índices de preço, conforme as pesquisas que o Google traz aos montes, subiram de maneira proibitiva à maioria dos brasileiros, sem que o governo se importasse com isso, permanecendo na sua letárgica acomodação de ‘deixar como está para ver como é que fica’. Os preços subiram de forma astronômica. Vejamos alguns alimentos e suas porcentagens de aumento:

Tomate …………. 18,60%
Frango …………… 29,85%
Café ………………. 57,00%
Açúcar …………… 47,87%
Ovos ……………… 13,34%
Banana…………… 50,00%

Considerando os percentuais de aumentos dos salários, à exceção das classes privilegiadas, por questões eleitorais, pelo governo, o que os mais pobres conseguem comprar para se alimentar neste país?

Ah, que espetacular!, dirão os puxa-sacos de plantão, o arroz e o feijão tiveram queda; o primeiro de 16,88% e este último 8,12%. Que bom (!?) finalmente o brasileiro vai poder comer arroz e feijão no prato, mas nunca no mesmo, isto é, ou o prato tem feijão, ou tem arroz.

Fico imaginando o que corre pela cabeça dos políticos do planalto, onde todas as leis são feitas. Existe para eles alguma preocupação a mais do que a eleição deste ano? Não. Ficam é pensando de onde tirar mais uma “marrequinha” de alguns milhões a serem deixados como verba compulsória para aumentar a verba parlamentar.

Política é a arte de administrar a pólis, isto é, a cidade. Então, que fazem estes “artistas” para usar da arte e não da artimanha na administração da vida do povo brasileiro, já que foram eleitos para isso? Que mais eles estão pesando além de deles próprios? Será que haverá um tempo onde tudo isso poderá melhorar neste patropi desesperado de mais de 200 milhões de almas?

Tomara que sim, mas no momento nem reza braba e promessas estão adiantando mais, diz o povo. Ainda bem que alguns ainda dizem, porque outros já tiveram a boca calada pela Covid que ceifou suas vidas.

São as vozes que não conseguimos mais ouvir, aquelas que mesmo quando em vida gritavam para pedir um mínimo de pão…

Sérgio Motti Trombelli

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