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novembro

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Afinal, que mundo é este?

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No Japão, país cujas armas não são vendidas, e são proibidos seu uso e seu porte para população, um indivíduo fez um revólver caseiro e numa atitude insana matou o ex-primeiro japonês Shinzo Abe no meio de um discurso em plena luz do dia.

Nos EUA, praticamente mês sim, mês não, algum louco pega um rifle de repetição e sai matando pessoas, indiscriminadamente. No Brasil, também, o número de mortes por violência urbana aumentou.

Isto sem contar os assaltos cinematográficos em bancos que ocorrem, dando-nos a impressão de que a polícia está menos preparada que os bandidos, principalmente no que tange a armas.

Enfim, no mundo todo a paz está menos viável e a violência é crescente. Falamos da corrupção que nos escandaliza no Brasil, mas ela é fenômeno mundial, inclusive em países de alto repertório cultural.

A despeito disso, o aquecimento global tem feito o mundo mudar. Na Europa pessoas estão desmaiando nas ruas por conta do calor, aqui no Brasil as enchentes castigam cidades em todos os estados, e os governos globais continuam dando pouco interesse para acabar com as emissões de carbono. Há países que, declaradamente, não vão fazer nada a respeito por ora.

Por fim, os países que estão em situação de miséria, na África principalmente, continuam miseráveis há longa data e a fome e as doenças continuam castigando os seres humanos daquelas regiões.

Afinal, o que está ocorrendo? Já foi dito que o ser humano é tão inteligente quanto imbecil, será isso mesmo? Que mundo é esse, o que fizemos dele? E, consequentemente, o que estamos fazendo de nós?

Urge uma grande mudança de comportamento no ser humano. São necessárias novas formas de agir para que possamos retomar um mínimo de civilidade. Mas a questão é: qual o norte a ser seguido, isto é, onde estão as lições de vida que nos podem oferecer um caminho!?

Penso com convicção que é preciso mais religiosidade. No fundo, o mundo precisa de uma nova evangelização capaz de incutir na cabeça do ser humano os valores eternos que fizeram a vida acontecer com sucesso na espécie humana dentro deste planeta.

Só que a religião tem quem se atualizar aos tempos modernos. Toda religião é Teândrica, isto é, Teos pela sua essência, e Andros pelo seu objetivo. Teos é imutável, porque Deus é sempre o que foi e será, mas o Andros – o homem não; se modifica dentro do tempo e do espaço.

A religião precisa atender estas modificações para assim atender aos anseios humanos de hoje. Seja como for, vale pensar, avaliar que mundo é este onde hoje, onde os valores se invertem e aquilo que aprendemos ao longo de milênios passa a não ter mais significação.

A fé em Deus e com seus valores, na minha opinião, seria um grande caminho a seguir.

Sérgio Motti Trombelli
é professor universitário e palestrante

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