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Artigo do Leitor

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Há exatos 20 anos, publiquei minha primeira coluna neste jornal, então dirigido pela saudosa Maria Baraçal. Como bom filho, à casa torno com o mesmo texto que escrevi em 2004, quase que na integra, tal a sua atualidade.

Curva de Rio

Causa-me admiração, na verdade estranheza, a capacidade que certos pretensos candidatos têm de se fazer rodear por pessoas reconhecidamente de comportamento ético, no mínimo, não recomendável. Tomo por exemplo, empresários, profissionais liberais e outras lideranças que decidiram trilhar o caminho da vida pública.

»» Leia também: Um futuro a ser traçado

Antes de tomarem tal decisão eram pessoas confiáveis, daquelas de quem você aceitaria um cheque* de olhos fechados, mas a partir do momento que se declaram candidatos a alguma coisa, passam a se cercar de pessoas de conduta duvidosa e a se comportar de forma nem sempre digna do nome e do respeito que antes ostentavam.

Uma vez perguntei a um candidato o motivo dele manter na sua órbita tanto lixo social, descaradamente ele me respondeu com outra pergunta: Você faria por mim o que eles fazem?
É interessante notar que o eleitor dá pouca importância aos valores (ou desvalores) morais daqueles que compõem as equipes dos candidatos.

Será que não chegou a hora (ou passou da hora) de analisarmos também o grau de comprometimento social e de competência daqueles que dividem os palanques com alguns dos atuais candidatos ao invés de nos atermos unicamente à excelência das suas propostas e ao conteúdo dos discursos?

Às vezes, para alertar o eleitor do descaso com o seu voto, é preciso que sejam eleitos candidatos que são verdadeiros desastres como gestores do bem público e, não raro, personagens dos noticiários policiais.

Este é o momento de refletir e olhar com lentes de aumento (e bota aumento nisso) a escalação dos times dos candidatos que concorrerão ao cargo majoritário e ao legislativo nas eleições que se aproximam.

Fique atento, analise bem antes de escolher seus candidatos. Agindo assim, você estará contribuindo para limpar da vida pública esses políticos que mais parecem curva de rio, tal a quantidade de entulho que acumulam ao seu redor. Bani-los das urnas já seria querer demais.

*Cheque era um título de crédito, e, consistia em uma ordem de pagamento à vista emitida em favor de terceiro, em razão de fundos que o emitente possuía (ou não) em determinada instituição financeira.

Julio Cesar Ferreira
O autor é publicitário e parça de Santo Amaro.

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