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Guarujá em Foco

Barcas entre Santos e Guarujá podem ter reabertura anunciada hoje

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Equipes atuam emergencialmente e nova previsão deve ser informada nas próximas horas, diz governo

O governo de São Paulo está realizando ações emergenciais para retomar a operação da travessia de barcas entre Santos e o distrito de Vicente de Carvalho, em Guarujá, após o afundamento parcial de uma estrutura flutuante no terminal. Segundo o secretário-executivo da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), Anderson Oliveira, o incidente ocorreu devido a uma maré mais alta que o previsto, levando à paralisação temporária dos serviços.

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Em coletiva nesta quarta-feira (9), Oliveira afirmou que a previsão para a reabertura do terminal será divulgada até o final do dia. “Estamos tomando todas as medidas necessárias para garantir que a travessia volte a funcionar o mais rápido possível”, disse. A previsão inicial de interdição era até sexta-feira (11), mas o secretário informou que o prazo definitivo será definido após avaliações das equipes técnicas.

Durante a interrupção, os passageiros podem usar gratuitamente a travessia entre a Ponta da Praia, em Santos, e o Ferry Boat, em Guarujá. Oliveira reconheceu a distância como uma dificuldade, mas reforçou que foi a solução mais imediata para garantir o transporte dos trabalhadores e moradores da região. Além disso, o fluxo de catraias – pequenas embarcações usadas como alternativa entre as cidades – aumentou desde o incidente.

O secretário esclareceu que o terminal já estava em obras, e o flutuante estava programado para ser fechado no dia 28 de outubro para a realização de reparos estruturais mais amplos, como estacamento e concretagem, previstos para durar entre 30 e 60 dias.

“Nosso foco agora é garantir a segurança e a retomada das operações o quanto antes”, finalizou Oliveira.

Usuários convivem com condições precárias durante obras de reforma do terminal de barcas

Além da paralisação emergencial das operações da travessia de barcas entre Santos e Guarujá, os usuários já vinham enfrentando condições críticas de segurança e higiene no local. De acordo com relatos de um usuário, que utiliza o serviços diariamente por trabalhar na cidade de Santos, a reforma vinha sendo realizada com pedreiros, soldadores e outros trabalhadores circulando em meio aos passageiros. “A área de espera, compartilhada entre ciclistas e pedestres, é pequena e não oferece condições adequadas de segurança”, afirmou Cláudio, morador de Vicente de Carvalho.

Entre os problemas apontados estão a falta de água potável, a precariedade dos banheiros químicos, muitas vezes em estado impróprio para uso, e rampas de acesso que frequentemente precisam de reparos emergenciais. Segundo Claudio, vigas de ferro enferrujadas estão sendo pintadas sem o devido tratamento, enquanto o concreto do piso se deteriora rapidamente.

A situação, que segundo ele já é amplamente conhecida pela população de Santos e Guarujá, poderia levar à paralisação total da obra caso as autoridades competentes fizessem uma vistoria mais rigorosa. O usuário destacou que, em sua visão, “a solução seria substituir toda a estrutura ao invés de realizar reformas paliativas, que não resolvem os problemas de forma definitiva”.

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