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Bares e restaurantes buscam recuperação

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Dados do IPCA divulgados nesta sexta-feira (11), indicam que o setor ainda tentar repor as perdas da pandemia

O setor de bares e restaurantes continua a demonstrar resiliência ao lidar com pressões inflacionárias e tentar se recuperar dos impactos causados pela pandemia. A análise dos índices de inflação medidos pelo IBGE em julho, revela algumas tendências significativas.

Neste mês, o índice de inflação geral (IPCA) registrou um aumento modesto de 0,12%, indicando uma relativa estabilidade nos preços. No entanto, a alimentação fora do lar registrou uma inflação um pouco mais acentuada, com índice de 0,21%. Ao observar um período mais amplo, os últimos 12 meses apresentaram um aumento geral de preços de 3,99%. Por outro lado, a inflação dos bares e restaurantes teve taxa mais expressiva, com uma inflação de 6,49 no mesmo período.

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Os índices refletem a recomposição dos preços estabelecidos no setor após a reabertura e o fim das restrições, em meados do ano passado. Em busca de recuperação após os prejuízos causados pela pandemia, os empresários têm buscado ajustar os preços de forma a refletir os custos reais de operação, recompor as perdas e, ao mesmo tempo, atrair clientes.

Setor tenta se recuperar dos impactos causados pela pandemia

Essa estratégia tem surtido efeito, uma vez que a pesquisa nacional da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) realizada em julho revelou uma queda de 2% no número de empresas registrando prejuízos (19%). A quantidade de empresas operando em equilíbrio é de 35% e 45% operaram em lucro.

No segmento de refeições, a inflação mensal foi de 0,15%, enquanto a inflação dos lanches alcançou 0,49% em julho. No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação das refeições foi de 5,10%, enquanto a dos lanches foi ainda mais pronunciada, atingindo 9,29%.

“O aumento da inflação do setor significa que as empresas estão conseguindo fazer os ajustes necessários no cardápio. Depois de um longo período com a inflação menor do que o índice geral, o setor começa a repassar ao consumidor final uma demanda que foi represada por muito tempo. Isso fica claro quando olhamos o índice de empresas operando em prejuízo no setor”, afirma Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel.

E finaliza: “Depois de atingirmos o pico de 30% em fevereiro deste ano, o número de empresas em prejuízo tem caído gradativamente. Outro ponto que nos ajuda a perceber o resultado do repasse de preços ao consumidor, é a porcentagem de empresas endividadas, que saiu de 42% em junho para 38% em julho”.

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