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Coluna: A Direita na berlinda

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A eleição de 2022 mostrou ao Brasil que dentro da esfera política a Direita chegou para ficar. E isto é bom e ruim

Bom, porque é um contraponto à Esquerda e justamente a política é o espaço da convivência dos contrários, o que significa dizer que cabeças que pensam diferente muitas vezes ajudam a se chegar em soluções mais acertadas.

Ruim, porque ela chegou em nosso país de forma violenta e o ápice disso foi o dia 8 de janeiro. Uma conduta jamais vista no nosso país, quando as instituições foram abaladas por uma invasão de depredadores, insana e sem sentido.

Contudo, a democracia prevaleceu e o chamado golpe não se concretizou, mas isto, com certeza não vai arrefecer a forma de agir da Direita.

Por ora, o que estamos vendo é que a Direita Bolsonarista vem amargando sucessivamente derrotas políticas nos mais diferentes campos.

— Leia também: Opinião: Isto é genocídio

Primeiramente foi a eleição. Derrota no primeiro turno, derrota no segundo turno. Nas casas legislativa Lira “Lulou” e Pacheco venceu o candidato de Bolsonaro. Com isso, o PT possui realmente toda a força política institucionalizada do país. Os petistas esperam que por quatro anos tudo permaneça assim. Não tenho tanta certeza.

Depois, as derrotas das violências ocorridas em Brasília que, se almejavam algo mais do que baderna não terminaram em nada produtivo, politicamente falando.

Pelos informes da imprensa em todo o país, a presidência de Lula se fortaleceu, inclusive na esfera militar, apaziguando as arestas entre o Exército e o Planalto.

Com isso, nós esperamos que as coisas caminhem em paz e as reformas esperadas, de fato, ocorram. Pelo menos foi o que Lira prometeu em seu discurso de posse.

A primeira delas é a tributária. Falada há anos, ele tem sido uma miragem no futuro do país, apesar da concordância de todos de que ela é necessária.

O povo também espera que ela aconteça e os impostos diminuam, afinal nosso país é o país que possui mais tributos em todo o mundo.

Depois, a Amazônia. Os crimes contra as populações indígenas, o desmatamento desenfreado, o garimpo ilegal, coisas que estão na vontade do executivo e do Ministro da Justiça do Brasil, que espera fazer tudo isso desaparecer.

Enfim, novos rumos no horizonte. Que as estradas sejam largas e todos possamos caminhar para um melhor amanhã.

Sérgio Motti Trombelli
é professor universitário e palestrante

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