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Entre Sons e Tons

Coluna: Dia do Nordestino completa 10 anos no calendário municipal

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Rei do Baião, Luiz Gonzaga, foi considerado uma das mais completas figuras da MPB - Reprodução

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No último dia 2 de agosto fez dez anos que o Dia Municipal do Nordestino entrou para o calendário Turístico e Cultural de Guarujá. A data foi instituída através do projeto de Lei do vereador Nelsomar Coutinho, sob a consultoria do presidente da Associação dos Nordestinos de Guarujá e Vicente de Carvalho (ANGVC), Edelton Chaves, conhecido como Dedé da Vila.

E foi Dedé da Vila quem fez a indicação da data, em agosto, ao fundamentar na Lei uma homenagem aos 22 anos de morte do poeta Luiz Gonzaga, lá em 2011, ano em que foi instituída no nosso calendário. Conhecido como o Rei do Baião, Luiz Gonzaga foi considerado uma das mais completas, importantes e criativas figuras da música popular brasileira. Ele era natural de Exu, no Pernambuco.

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Através da Lei 3.883/2011, que teve aprovação unanime dos vereadores da época, a data representa uma homenagem para esta parte da população que vive em Guarujá, que representa o contingente de mais de 150 mil pessoas, segundo o último censo do IBGE, em 2010.

“São famílias que já estão na quinta geração aqui na Cidade. Migrantes que vieram para cá para trabalhar na construção civil e outros serviços primários na construção da Cidade, e já têm seus bisnetos desempenhando diversos papéis na nossa sociedade, em todos os setores. E essa quinta geração é genuinamente guarujaense. Nasceram todos aqui e aqui ficaram”, afirma Dedé da Vila.

Associação quer ajudar descendentes com capacitação

Dedé da Vila quer ajudar jovens nordestinos com capacitação e oportunidades em Guarujá

A diretoria da ANGVC, nestes últimos anos, sempre lutou pela manutenção da rica cultura nordestina no Município. Eventos com representação aos nove estados no Nordeste sempre foram realizados ao longo destes anos. Este ano, devido à Pandemia, os festejos ficaram prejudicados.

“Nós contamos com o apoio do Poder Executivo e Legislativo, mas queremos fazer mais com a nossa associação pelos nossos queridos nordestinos. Mas, diferente do que pensam, nossa intenção não é somente fazer festa”, explica Dedé.

Dia do Nordestino

“Nós queremos muito promover oportunidades para essa população. Queremos buscar junto à iniciativa privada benefícios, vantagens, chances favoráveis para que, principalmente os jovens, possam se desenvolver profissionalmente e intelectualmente, aumentando as suas chances reais de êxito na vida. Não podemos ficar dependendo apenas do poder público”, esclarece Dedé.

“Neste novo normal, em meio à pandemia do novo coronavírus, estou empenhado em buscar essa ajuda para que todos consigam se recolocar, ou serem incluídos, no mercado de trabalho”, me disse Dedé da Vila, no Dia do Nordestino, em um bate papo com máscara e distanciamento. “Quem nos apoiar vai receber de volta profissionais capacitados”, finalizou.

 

Tradição e cultura em todos os lugares

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Na foto, César, o Barba, com suas filhas, neta e genro no restaurante da família

 

O Distrito de Vicente de Carvalho é considerado um pedacinho do nordeste em Guarujá. Entre os moradores há sempre um nordestino marcando presença nos mais diversos locais onde a cultura de lá prevalece, seja nos bares, restaurantes, na feira de domingo ou em mercearias, como a conhecida Casa do Norte.

São comerciantes, estivadores, ambulantes e aposentados que deixaram a sua terra natal e puderam ver, e ajudar, a cidade a crescer junto com suas famílias. Aqui no Centro de Guarujá, descendentes do nordeste também estão em todos os lugares. E, entre eles, eu tenho um amigo de coração.

Quem não conhece o Restaurante do Barba, que construiu uma reputação nota 1000 entre todos que apreciam boa comida e um ambiente agradável na cidade?

Local familiar que reúne bons amigos, César Queiroz, conhecido como Barba, tem a sua esposa Elizabete de Oliveira Queiroz, como anfitriã do local. Natural de Pau dos Ferros, no Rio Grande do Norte, Barba construiu a sua família em Guarujá.

A tradição nordestina permanece em seu sotaque e suas histórias, que ele divide com os amigos frequentadores de todas as classes sociais, desde os mais humildes até as autoridades locais.

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