Variedades
Coluna Entre Sons e Tons conversa com Jangadeiro
O SOL HÁ DE BRILHAR, QUANDO ISSO TUDO ACABAR!
Como todo momento desafiador, atualmente podemos optar por nos conectarmos com o lado negativo, percebendo nossas limitações, perdas e prejuízos, ou, por outro lado, olharmos para o cenário de uma forma mais positiva, vendo os obstáculos como uma oportunidade de mudança e evolução. Na arte, especialmente, há toda uma discussão sobre como será o futuro da categoria. Eu venho apresentar um artista guarujaense que escolheu a segunda opção, utilizando ferramentas tecnológicas disponíveis há muito tempo, para criar conteúdo e novas experiências para quem não vive sem música: o nome dele é Jangadeiro!
Quem vê o técnico de saneamento, Cristiano de Oliveira Nascimento, 41 anos, atuando em operações da Sabesp no dia a dia de Guarujá, não tem ideia de sua atuação como cantor e compositor ‘Jangadeiro’, que pode te colocar para dançar e refletir sobre o papel que cada um de nós está vivendo na atual sociedade.
Através da tecnologia streaming, você pode conhecer os seus mais novos trabalhos, lançados no início de 2021: os singles “Há de Brilhar” e “Alma Prana”, que, com toda a positividade da melodia Reggae, te leva para um momento de leveza nestes meses pesados de Pandemia, que ficarão marcados na História.
Com mais de 30 anos de estudo e paixão à música, Jangadeiro está prestes a lançar o EP “Jangadeiro Inoxidável”, em junho deste ano, onde vai reunir os singles citados acima, e outros quatro ainda inéditos. Em seu primeiro disco – “Nesse Barco a Navegar” (2020) – o músico nos convida para um deleite musical, poético e dasafiador, com temas relevantes como política e sustentabilidade, que se misturam, embalados por um Reggae forte e contagiante. E ele aceitou o convite para conversar com a gente sobre seu novo trabalho.
BATE PAPO
Coluna: Como você entrou para o mundo da música?
Jangadeiro: “Eu estudo música desde os 15 anos, porque minha mãe me colocou na aula de violão lá no Centro Comunitário da Vila Áurea, em Vicente de Carvalho (hoje conhecido como CAEC Cap. Dante Sinópoli), onde eu morava. Lá eu fiquei em um estudo bem bacana por quatro anos, com teoria, prática, livros e aulas de partituras. Daí passei para a guitarra, quando comecei a curtir Rock’in Roll. Aos 18 anos, fiz shows e a música começou a fazer parte de mim. Montei bandas de diversos gêneros, pois eu sempre fui muito eclético.”
Coluna: De onde vem seu codinome Jangadeiro?
Jangadeiro: “Foi de uma música chamada “Jangadeiro” que para uma das minhas bandas da juventude. A música foi parar na antiga Rádio Enseada, e a galera quando me via dizia: olha lá o ‘moleque da música Jangadeiro!’ – lembrou sorrindo. E o apelido pegou. Mais tarde eu assumi como nome artístico e, inclusive, montei uma banda chamada ‘Jangadeiros Caiçaras’. Com o passar do tempo eu decidi seguir carreira solo.
Coluna: Porquê você escolheu o reggae como ritmo das suas composições?
Jangadeiro: “Eu faço música desde pequeno, e queria dar vazão para a minha arte. E as músicas que começaram a serem compostas nessa fase vinham na mente em Reggae. O que eu acho mais fantástico do Reggae é que é um dos gêneros musicais onde você pode falar coisas sobre política, vibe positiva, filosofia de vida e, até, sobre espiritualidade. É um gênero que te dá uma abertura para falar de qualquer coisa! Então eu me identifiquei muito compondo em Reggae. Não que eu vá ser Reggae a vida inteira, mas este é o meu momento.”
Coluna: Você gravou seu primeiro disco (físico) após um conselho do conceituado Rick Bonadio, que produziu, entre outros grandes nomes, o fenômeno musical desse País, os “Mamonas Assassinas”. Como você chegou até ele?
Jangadeiro: Eu tive um tempo sem tocar, porque fui fazer faculdade de Jornalismo. Após me formar, estudei ciências biológicas, e acabei fazendo concurso para a Sabesp, onde eu trabalho até hoje. Pois bem, fiquei um tempo sem tocar, estudando, mas nunca sem compor. Em 2019, eu resolvi voltar a gravar, lançar músicas, sem banda, e vi em uma rede social uma propaganda do Estúdio Midas, do Rick, onde ele convidava novos compositores para um curso e audição. Eu mandei uma música minha (‘Gueto’) e fui um dos 21 selecionados entre artistas do Brasil todo. Foi quando eu o conheci. Ele não estava selecionando para o estúdio dele, mas estava dando um curso para a gente ter contato com essas plataformas de streaming. Ele elogiou o meu trabalho e me incentivou a procurar um estúdio.
Coluna: Como foi a escolha do estúdio?
Jangadeiro: Embora eu seja nascido e criado em Guarujá, sei que São Paulo é o reduto dos profissionais da música. Cheguei no Estúdio El Rocha, dos irmãos Takara (Daniel Ganjaman, Fernando Sanches e Maurício Takara) através de uma pesquisa na internet. Vi que eles já tinham no currículo trabalhos na produção de discos do CPM 22, Vivendo do Ócio, Victor Rice, Criolo, Rael, Baiana System. Juntos, construímos, gradativamente, tudo o que um bom álbum deve ter: bons arranjos, sonoridade original e uma produção primorosa, aliada a um time de músicos experientes. E agora, sigo gravando com eles meu novo EP.
Coluna: Suas novas músicas são feitas na Pandemia. Como você as descreve?
Jangadeiro: Elas têm mesmo essa temática da Pandemia, tanto ‘Há de Brilhar’, quanto “Alma Prana”. Têm uma temática positiva, de se conectar com a natureza, com nosso eu e com a própria condição em que estamos vivendo, abrindo os caminhos desse novo normal. E na melodia, o melhor do Reggae jamaicano, forte e contagiante. Ouçam! Estamos no Spotify!
OUÇAM O TRABALHO DE JANGADEIRO NAS REDES SOCIAIS:
Instagram: @cristiano.jangadeiro
Facebook: https://www.facebook.com/jangadeiro.oficial
Youtube e Spotify: Jangadeiro
Letra da Música
HÁ DE BRILHAR
O Sol há de brilhar
E isso tudo vai passar
O Sol há de brilhar
Quando isso tudo acabar
E eu quero ver você
Sentindo a brisa à beira-mar
Sem porque
Já temos perguntas de mais
E o tempo vem dizer que o clima está favorável
Graças a Deus … positividade no ar!
Vem dançar … ao som do mar
E encantar … quem aqui chegar
Todos juntos somos mais fortes
E a vida vai responder:
Estou com vocês pra sempre
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