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Deolane Bezerra deixa prisão em Recife e cumprirá prisão domiciliar com tornozeleira
A advogada e influenciadora digital Deolane Bezerra, de 36 anos, foi liberada da Colônia Penal Feminina do Recife nesta segunda-feira (9) após obter um habeas corpus concedido pela Justiça de Pernambuco. Ela cumprirá prisão domiciliar com o uso de tornozeleira eletrônica. Sua mãe, Solange Bezerra, permanece detida.
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A informação foi confirmada pela irmã de Deolane, Dayane Bezerra, através das redes sociais. Deolane e sua mãe foram presas na semana passada durante a Operação Integration. A influenciadora é acusada pela Polícia Civil de Pernambuco de operar um site de apostas para lavar dinheiro proveniente de jogos ilegais. A operação visou uma quadrilha suspeita de movimentar cerca de R$ 3 bilhões em um esquema de lavagem de dinheiro relacionado a jogos de azar.
A decisão judicial também beneficiou Maria Eduarda Filizola, esposa de Darwin Henrique da Silva Filho, proprietário do site Esportes da Sorte, que é investigado pela Operação Integration. O site, operado pelo HSF Gaming, tem sede em Curaçao, um paraíso fiscal caribenho.
Deolane e Maria Eduarda foram contempladas pela legislação que permite a substituição da prisão preventiva por domiciliar para gestantes, lactantes, mães de crianças até 12 anos ou pessoas com deficiência.
Operação Integration
A Operação Integration, conduzida pela Polícia Civil de Pernambuco com apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública e da Interpol, envolveu agentes de Goiás, Paraná, Paraíba e São Paulo. Iniciada em abril de 2023, a investigação revelou que a organização criminosa movimentou mais de R$ 3 bilhões entre janeiro de 2019 e maio de 2023, a maior parte proveniente de jogos ilegais.
Para ocultar a origem ilícita dos valores, o grupo utilizava diversas empresas, incluindo casas de câmbio e agências de eventos. O dinheiro era lavado por meio de depósitos fracionados, transações bancárias, compra de veículos de luxo, aeronaves, joias, relógios e imóveis.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública destacou que empresas legalmente constituídas, como sites de apostas, eram suspeitas de integrar o esquema para dar uma aparência lícita ao dinheiro ilegal.
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