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Hábitos saudáveis auxiliam no combate à hipertensão
17 de maio é o Dia Mundial da Hipertensão. Professor da Medicina Guarujá da Unaerp esclarece os riscos e as atitudes que podem ajudar a cuidar da pressão
A hipertensão arterial é uma doença crônica definida por níveis de pressão elevados, permanecendo acima de 140×90 mmHg (conhecida com 14/9). Além do tratamento habitual prescrito pelo seu médico, manter hábitos saudáveis, cuidar da espiritualidade e respirar fundo para enfrentar as situações da vida podem ajudar a manter a pressão arterial sob controle. É o que alerta o professor da Medicina Guarujá da Unaerp e cirurgião cardiovascular do Hospital Israelita Albert Einstein, Alex Luiz Celullare.
Estima-se que 30% da população brasileira seja de hipertensos, e algumas ações cotidianas podem ser adotadas para minimizar o problema, como revela o médico.
“Nos últimos anos, algumas modalidades terapêuticas não convencionais têm sido investigadas, envolvendo adoção de respiração lenta, musicoterapia e espiritualidade para redução dos níveis de pressão arterial. As Diretrizes de Hipertensão Arterial (2020) da Sociedade Brasileira de Cardiologia aborda também sobre o tratamento não medicamentoso.”
“Discutem-se as evidências que embasam as condutas recomendadas sobre tabagismo, padrão alimentar, redução do sódio, ingestão adequada de potássio, laticínios, chocolate e produtos com cacau, vitamina D, suplementos e substitutos, perda de peso, moderar consumo de bebidas alcoólicas, atividade e exercícios físicos, respiração lenta, controle de estresse, espiritualidade e religiosidade”, esclarece o professor.
Doença silenciosa – Mas nem todo mundo sabe que tem a doença, alerta Celullare. “A hipertensão arterial é chamada de ‘silenciosa’ porque em geral, na fase inicial e até mesmo, em alguns casos, em fases mais avançadas, não causa sintomas. Costuma evoluir com alterações estruturais e/ou funcionais em órgãos-alvo, como coração, cérebro, rins e vasos.”
Ele explica que a hipertensão é também o principal fator de risco modificável para doenças cardiovasculares, doença renal crônica e morte prematura, e associa-se a fatores de risco metabólicos para as doenças dos sistemas cardiocirculatório e renal, como dislipidemia, obesidade abdominal, intolerância à glicose, e diabetes milito.
O professor da Unaerp Guarujá esclarece ainda que os fatores de risco podem ser os não modificáveis, como o histórico de hipertensão arterial na família, idade acima de 65 anos e comorbidades, como o diabetes ou doença renal, e os fatores modificáveis.
“Devemos atuar nos fatores modificáveis, ou seja, diminuir a ingesta de sal, diminuir a ingestão de gorduras saturadas e trans, consumir mais frutas e verduras. Estimular a prática de exercícios físicos, a cessação do tabagismo e do álcool e a perda de peso” recomenda.
No País, dados do Datasus de 2017 mostraram que a doença cardiovascular foi responsável por um percentual de 27,3% dos óbitos totais, e a hipertensão arterial estava associada em 45% destas mortes cardíacas.
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