Guarujá em Foco
Discussão sobre pavimentação avança no bairro do Guaiúba
Após reportagem realizada sobre a reivindicação de pavimentação no bairro, organizada por um grupo de moradores, a Sociedade Amigos do Guaiúba (SAG), entidade responsável pela gestão e conservação bairro, realiza a partir de 20 de agosto, enquete para determinar a vontade da maioria sobre o assunto
Tatiana Macedo
Da Reportagem
Após a matéria realizada pela nossa reportagem em 16 de junho, que traz a manchete “Moradores do Guaiúba pedem o fim da lama da porta de casa”, levantando a discussão sobre a pavimentação no bairro Jardim Guaiúba, que mostra a existente divisão de opiniões dentro do bairro sobre o assunto, a Sociedade Amigos do Guaiúba (SAG), entidade responsável pela gestão e conservação bairro, encontrou uma maneira de resolver o impasse entre os polos.
Através de uma pesquisa ampla entre todos os moradores proprietários a entidade pretende definir a opinião da maioria sobre a pavimentação, para levar à Prefeitura Municipal de Guarujá a vontade da comunidade.
“A SAG não tem capacidade executiva, não porque não queira, mas porque não é sua atribuição como sociedade de bairro. A zeladoria com todas as suas implicações é de responsabilidade da PMG. Contudo, ela pode e deve ser a porta-voz da opinião da maioria dos moradores e proprietários do bairro”, explica o engenheiro Dario Gramorelli.
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Gramorelli, embora não tenha um cargo formal na entidade, atualmente desempenha o papel de assessor e foi designado pelo presidente Patrick Dottori Leão como o interlocutor da entidade para esta reportagem, para falar sobre o processo de votação organizado para decidir sobre a pavimentação no bairro.
“Independentemente do resultado da votação, levaremos de forma explícita à PMG a vontade da comunidade e faremos de tudo para que essa vontade seja respeitada, com as mobilizações que forem necessárias”, afirma o engenheiro.
“Essa situação (de impasse de opiniões) leva a que sub-grupos do bairro acabem assumindo posições particulares, seja pela defesa do status quo, em favor da manutenção das características originais da concepção do bairro, seja por aqueles, no outro extremo, que desejam ver tudo asfaltado. É evidente que o resultado de ações parciais não é produtivo, porque não representa a opinião da maioria”, explica.
A pesquisa é uma iniciativa da Comissão de Calçamento da SAG, que foi formada em 25 de março deste ano. “Atualmente é constituída por 21 membros que aderiram voluntariamente. O convite foi aberto a quem quisesse participar, desde que tivesse relação com o bairro”, diz Gramorelli.
Ainda segundo o engenheiro, o propósito principal na criação da comissão foi coletar todos os subsídios necessários relativos ao assunto para, posteriormente, apresentá-los à comunidade e encaminhar um posicionamento conjunto para a Prefeitura. “A votação já é um produto do seu trabalho”, explica.
A votação terá início no próximo 20 de agosto, quando os moradores deverão escolher entre três possibilidades: o bairro seguir sem pavimentação, usar pavimento de bloco de concreto ou asfalto.
No documento enviado pela entidade aos proprietários, através das redes sociais e grupos de WhatsApp do bairro, há explicações sobre diversos elementos de comparação entre as 3 possibilidades. “Além disto, nos baseamos em farta pesquisa nos materiais disponíveis na internet e, particularmente, na consulta de especialistas”, garante o engenheiro. E continua: “Estamos bastante calçados no nosso posicionamento”.
“Além deste quadro e eventuais esclarecimentos prestados diretamente ou nos grupos do bairro, também estamos planejando palestras de exposição, de forma presencial, a quem tiver interesse. No momento estamos ajustando com operacionalizar essa ação”, esclarece.
“Este processo de votação é uma tentativa democrática e legítima de acabar com este estado de coisas e trazer a comunidade a um ponto de acordo e convivência que permita reivindicações justas e cabíveis para o poder público”, conclui.
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