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E os governadores?
Em outra matéria desta coluna eu falei dos inconvenientes sobre as campanhas começarem muito cedo este ano, e de fato isto ocorreu. As repetições das pesquisas eleitorais sobre a presidência da república têm, de fato, dominado a cena das eleições, em parte por conta da polarização entre Lula e Bolsonaro.
A cada semana uma pesquisa nova e todos ficam ansiosos e atentos para ver se há mudanças no resultado apresentado até agora. Por enquanto Lula lidera.
As pesquisas deixam claro que 70% dos eleitores já estão definidos quanto suas escolhas. Ressalve-se que pesquisa é retrato de momento, e as campanhas existem para mexerem nos números, assim as coisas pode mudar.
Mas o que desejo comentar hoje não é a eleição de presidente. Gostaria de perguntar: como estão as campanhas e os nomes dos candidatos a governador? Aliás, quem sabe o nome de todos os candidatos ao governo do seu estado? E mais, quem está na frente, ou em segundo e quanto cada um tem de preferência?
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Esta pouca preocupação das matérias na mídia sobre cada estado especificamente, vem sendo esquecida. Todos se preocupam com quem vai ganhar a presidência, e isto é ruim.
Os municípios precisam mais do governo estadual do que do governo federal.É uma sequência, o município recorre ao estado e o estado recorre ao governo central.
As pesquisas também falam das preocupações que os eleitores têm com os problemas nacionais e para pensar soluções de como resolvê-los. As pesquisas mostram a carências de forma global no país.
Os candidatos à presidência tratarão destes problemas, apresentando os seus planos de governo para avaliação dos eleitores. Contudo apresar das necessidades-macro existirem, também, as características peculiares de cada região do Brasil. Os problemas de São Paulo são diferentes dos problemas do Amazonas. E os candidatos à presidência precisarão também falar sobre isso.
É impossível não falar sobre a dívida do Rio de Janeiro, por exemplo. Ou da miséria que existe no Nordeste. Por esta razão é que os candidatos estão preocupados com os palanques estaduais. É necessários um político e cada partido ou Federação que tem candidato a presidente em cada capital dos Estados.
O palanque regional é o que dará o tom das campanhas juntamente com os programas de TV. Aliás, com o começo da propaganda no rádio e na televisão, as candidaturas ficarão mais claras e aí, quem sabe, será possível avaliar todos os candidatos.
Seja como for, devemos prestar atenção aos candidatos ao governo do estado. A vida de cada município, onde todos nós moramos, vai depender deles. Então, pesquise para saber quem é a melhor opção para governador de seu estado e vote certo.
Sérgio Motti Trombelli
é professor universitário e palestrante
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