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Entre Sons e Tons

Edifício Sobre as Ondas completou 70 anos de história em Guarujá

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Uma das edificações mais famosas do Litoral Paulista, o Edifício Sobre as Ondas, completou 70 anos neste mês de julho. Em contato com a história desse edifício, você vai perceber que seu passado se enreda à história da cidade, e marca o desenvolvimento urbano de Guarujá.

Ele foi construído para abrigar as primeiras pessoas que curtiram nossas praias, quando o banho de mar ainda era considerado medicinal, e ainda não era uma opção de lazer. O Mar era para se contemplar. E ali no Sobre as Ondas, sem dúvidas, é o lugar perfeito para isso.

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Passados 70 anos de sua inauguração, ainda domina a paisagem.

Pioneiro de uma série de projetos feitos pela nata da arquitetura paulista, o SAO, como é conhecido entre seus moradores, continua a marcar a orla por sua localização privilegiada.

O prédio já foi exposto na Trienal de Milão e premiado no IV Congresso Panamericano de Arquitetura. Há oito anos é tombado pelo Condephaat – o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo.

Uma relíquia da Cidade

As áreas comuns do interior do SAO evidenciam a natureza, e preservam o encanto de técnicos que avaliam o edifício, curvado, com vista ao Mar em todos os seus ângulos, seja para a praia das Astúrias ou das Pitangueiras.

O condomínio ao longo destes 70 anos passou por algumas reformas internas, principalmente em seu restaurante, que já serviu para diversas ocupações, como jantares requintados; locação de filme (É Proibido Beijar, com Tônia Carreira, em 1951); já abriu ao público e hoje está sendo restaurado pelos seus administradores.

Nessa restauração está prevista a reconstituição de painéis desenhados em suas paredes. Os painéis foram pintados por Lise Forell, de uma das primeiras famílias do SAO.

Confira a galeria:

 

Painéis que decoravam o restaurante nos anos 70, feitos pela artista Lise Forell, moradores do SAO

PRÉDIO FOI CONSTRUÍDO NO MESMO ANO QUE OS CARROS CHEGAVAM AO BRASIL
Enquanto em seu interior a tentativa é preservar a atmosfera da sua construção original, o edifício Sobre as Ondas vem lidando com o desenvolvimento exterior. Localizado na estreita travessia entre praias, em cima das pedras, entre a areia e o morro, a sua construção foi planejada na mesma época que estavam chegando os primeiros carros no Brasil, em 1951, e não previa a atual necessidade de mobilidade urbana. Por isso, o SAO não tem garagem e nem, tão pouco, recuo para os moradores usarem como embarque e desembarque. Ou carga e descarga.
Com a instalação da ciclovia, que liga toda a orla das praias – importante ferramenta para o avanço da mobilidade urbana – o edifício ficou “ilhado”, de frente ao acesso mais usado para acesso a zona sul de Guarujá, onde fica a Praia do Tombo. Uma das mais badaladas da Cidade. Ou seja, grande movimento.
Os administradores do prédio estudam alternativas junto à prefeitura para a resolução para esse percalço. Afinal, o Sobre as Ondas não é apenas um dos mais belos cartões postais de Guarujá. Ele ainda é muito bem frequentado. Em seus 94 apartamentos, pessoas ainda o buscam para contemplar o Mar, e elas têm que entrar e sair do prédio. Um problema a ser resolvido.
Lidando com suas mudanças internas e externas, aos 70 anos o Sobre as Ondas segue resistente e íntegro. E com muitas histórias.

 

E são duas doses

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