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Editorial: Se o estacionamento fosse realidade…
A triste notícia na última semana de uma garotinha de dois anos que brincava com os irmãos na rua e foi morta em um acidente de trânsito devido a manobra de um caminhão em uma rua de bairro requentou o assunto do estacionamento municipal de caminhões em Guarujá.
Não é primeiro acidente do tipo, e nem será o último enquanto a questão da entrada de caminhões nas vias dos bairros da cidade não for equalizada e sanada. Guarujá é uma cidade com extensa área portuária e há uma parcela importante da sociedade que vive economicamente dessa relação porto-cidade, especialmente motoristas de caminhão.
Mas é a população que sofre com os transtornos de conviver com o caminhão na porta de casa, da poluição e cheiro de óleo a qualquer hora, do barulho na madrugada. E essa população está cansada de pedir solução e nada acontecer.
A sede de justiça aflora a cada vez que uma tragédia como essa acontece, e o motorista do caminhão é apontado imediatamente pela população como o vilão da história. Mas essa é uma falácia das mais perversas que nossa sociedade pode cometer.
A Justiça tem seu lugar na questão, mas o poder público é peça chave na resolução do problema que tem como causa primária a falta de local adequado para estacionar o caminhão na cidade.
É preciso esclarecer a população os motivos pelos quais a prefeitura não consegue implantar o tão necessário estacionamento municipal para que esses veículos não voltem a circular nas ruas dos bairros. E com urgência resolver esse problema que tantos transtornos traz para a população.
Se o estacionamento de caminhões já fosse realidade, será que teríamos uma comunidade em luto nessa semana que passou?
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