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Guarujá em Foco

Em Guarujá, consultas agendadas têm 30% de abstenção

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Um dos desafios da Prefeitura de Guarujá é diminuir a taxa de absenteísmo – quando o paciente marca a consulta, mas não comparece para o atendimento –, que na rede municipal de saúde chega a 30%

De Guarujá

Para facilitar o acesso da população às consultas com especialistas na rede municipal, a Prefeitura de Guarujá mantém o agendamento de maneira descentralizada. A unidade de origem do paciente, Unidade Básica de Saúde (UBS) ou Unidade de Saúde da Família (Usafa), solicita as consultas especializadas e, também, de procedimentos diagnósticos, via sistema de regulação de consultas e exames de perfil ambulatorial.

Se por um lado a Prefeitura trabalha para garantir a oferta do serviço aos munícipes, por outro, o desafio da Administração é a taxa de absenteísmo na rede municipal de saúde, que no momento é 30%.

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Para evitar que os pacientes faltem aos agendamentos, a Saúde desenvolve, rotineiramente, campanhas de conscientização para que o paciente não deixe de comparecer às consultas e exames.

O serviço municipal ainda conta com o Ambulatório de Referência em Especialidade (ARE), que trabalha com sistema de pré e pós-consulta, onde os pacientes são recepcionados com agendamento prévio, realizado, preferencialmente, nas unidades de saúde da atenção primária, que são as UBSs e Usafas.

Neste mês de janeiro, por conta da temporada de verão e de férias, por exemplo, o ARE apresentou um número de comparecimento bem abaixo do que era esperado, com relação aos pacientes que estavam agendados.

Mesmo diante desse percentual de faltas, o número de atendimentos feitos à população no ARE cresceu entre um ano e outro. Comparativo realizado pela Secretaria Municipal de Saúde identificou que o Ambulatório teve um aumento no número de atendimentos prestados entre 2023 e 2022. Em todo o ano passado, o ARE fez 86.699 atendimentos, contra 76.816 em 2022.

A gestão das consultas também é um problema que reflete no percentual de faltas. A diarista Solange Alvarez, de 35 anos, que mora na Vila Baiana, conta que cancelou uma consulta com o ginecologista, mas que mesmo assim mantiveram o agendamento, e diz que o longo prazo para as consultas é um dos motivos das faltas.

“É muito tempo de espera para a consulta. No meu caso foram três meses. Fui na emergência e problema resolvido. Muitas pessoas fazem igual mas não desmarcam no ‘posto’. Eu avisei na Usafa para cancelarem. Mesmo assim, eles me ligaram no dia da consulta cobrando minha presença”, disse.

Agendamentos

O secretário de Saúde de Guarujá, Márcio Chaves Pires, destaca a importância da implantação do Complexo Regulador Municipal neste aspecto. “Muito em breve, os agendamentos passarão a ser realizados, de forma eletrônica, pela própria unidade da atenção primária de referência dos usuários”.

A segunda fase do Complexo deve começar a funcionar nas próximas semanas, com a regulação de procedimentos ambulatoriais da rede municipal.

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