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Em tempos de “Bi”
Hoje esta coluna praticamente não tem nada a dizer, apenas mostrar as manchetes atuais que estão nos jornais do nosso país.
• Governo empenha R$ 17 bilhões em emendas parlamentares às vésperas de votações prioritárias (CNN)
• O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já liberou o pagamento de R$ 30 bilhões em emendas parlamentares neste ano (Gazeta do Povo)
• Orçamento 2024: governo propõe R$ 37,6 bilhões para emendas parlamentares (CNN)
• Fundo Eleitoral para 2024 deve ser de R$ 5 bi, 150% maior que 2020 (Poder)
• Lula empenha 79% mais emendas parlamentares que governo Bolsonaro (Agência Brasil)
»» Leia também: Tempos difíceis
Como se vê, a fome de deputados e senadores da República, só pode ser saciada com as tais emendas parlamentares.
E elas estão em tempos de “Bi”, isto é, bilhões.
Isto faz com tenhamos saudades dos tempos de “Mi” (milhões, o que já era muito). Hoje chegamos à insanidade do demasiado.
Enquanto isso, o povo brasileiro continua em tempos de “Fo” (fome), de “Des” (desemprego), “Es” (escassez), e do eterno “misinho” (miséria).
Será que foi para isso que votamos e elegemos os dirigentes da nossa nação?
Não tenho coloração partidária. Tanto antes, como agora, as emendas correm soltas no Planalto Central.
Mas, quando quem vem a público para dizer “orgulhosamente” que neste governo as emendas foram 79% a mais do que o governo anterior – ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha, durante reunião com líderes do governo na Câmara, no Senado no Congresso Nacional –, começo a pensar que não existe mais esperança.
Todos nós sabemos da passagem bíblica em que Jesus, referindo-se ao poder político diz “a César o que é de César; e a Deus o que é de Deus”.
Será que neste país nunca vai acontecer “O que é dos brasileiros, aos brasileiros?”
Sérgio Motti Trombelli
é professor universitário e palestrante cristão.
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