Entre Sons e Tons – Tatiana Macedo
Entre Sons e Tons: Legião Urbana a tudo vence? Eis a questão!
Em meio a Pandemia, uma decisão judicial esquenta os bastidores do rock nacional. A disputa judicial sobre a titularidade e utilização da marca Legião Urbana vem causando ansiedade entre os milhares de admiradores desse legado, que deixou 12 discos, com mais de 14 milhões de cópias vendidas, entre 1982 e 1996. Canções ecoadas até hoje por roqueiros de diversas idades. Fica a pergunta: Será que uma decisão jurídica pode enterrar a Legião Urbana? Ou Legio Omnia Vincit, em latim, Legião Urbana a tudo vence?
A 4ª turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, se reuniu em sessão na última terça-feira (6/4) para fazer a análise sobre a disputa judicial entre os ex-integrantes da Legião Urbana, Marcelo Bonfá e Dado Villa-Lobos, e o herdeiro de Renato Russo, Giuliano Manfredini, representado pela empresa Legião Urbana Produções Artísticas LTDA., que detém o registro legal da marca.
A sessão de julgamento foi adiada a pedido do ministro Antônio Carlos Ferreira. Após as sustentações orais dos advogados André Silveira e José Eduardo Cardozo, a ministra Isabel Gallotti votou a favor do herdeiro Manfredini, para que os ex-integrantes realmente não tenham o direito de usar a marca sem autorização prévia da empresa que, agora, pertence a Manfredini. Para analisar melhor o caso, o ministro Antônio Carlos Ferreira pediu pela suspensão do julgamento. A disputa judicial, que já dura cerca de oito anos, está nas mãos da 4ª Turma do colegiado, que terá de discutir qual é o futuro deste processo.
O QUE VAI SER JULGADO?
O colegiado deve avaliar se há procedência legal para o uso amplo da marca, apesar do registro, como pedem os ex-integrantes do Legião Urbana por suas contribuições no legado da banda; e ainda, deve avaliar o envio ou não do processo à Justiça Federal, pelo fato de não se discutir de fato o registro da marca. Desse modo, o órgão federal responsável, o INPI, não se constitui como parte da ação.
SAIBA COMO COMEÇOU O PROCESSO SEM DATA PARA ACABAR
A banda Legião Urbana foi formada em 1982, em Brasília, e depois de um tempo teve o pedido de registro do nome feito ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), pela empresa Legião Urbana Produções Artísticas, em 1987, quando Dado Villa Lobos, Marcelo Bonfá e Renato Russo eram sócios.
Esse pedido aconteceu, segundo Dado Villa Lobos divulgou em sua rede social, logo após um “oportunista” tentar roubar o nome da banda, registrando em seu nome a marca ‘Legião Urbana’, e passar a processar tanto a banda, quando a sua gravadora (Emi-Odeon) por “uso indevido da marca”.
Toda essa situação aconteceu após a banda já ter gravado seu primeiro disco “Legião Urbana”. “Nós nem pensávamos nestes problemas de marca e patente! Nós éramos uma banda de Punk Rock”, comentou Bonfá, recentemente, em um programa de rádio, ao falar sobre o assunto.
Tempos depois, o INPI reconhece que Legião Urbana é o nome que representa os integrantes da banda de Rock, que recupera seu direito de uso da marca, e pede a nulidade do registro realizado pelo “aventureiro”. O pedido é feito através da empresa Legião Urbana Produções Artísticas. Na época, o INPI tinha uma legislação que exigia uma pessoa proprietária da empresa. Ficou decidido pelos integrantes que Renato Russo seria o sócio majoritário.
Algum tempo depois, Dado e Marcelo desfizeram a sociedade e venderam suas partes a Renato Russo, seguindo conselhos contábeis e, assim, cada um passou a ter a própria pessoa jurídica. De acordo com comunicado feito pelos músicos, isso foi feito para que pudessem proteger o nome da banda. Desde a morte de Renato Russo, em 1996, a produtora Legião Urbana Produções passou a ser controlada pelo herdeiro, o filho, Giuliano Manfredini.
Quatro anos após a morte de Renato, em 2000, o pedido de registro da marca Legião Urbana foi deferido pelo INPI, e o nome passou a pertencer, como haviam solicitado no passado, à empresa deixada por Renato Russo em testamento. Desde então, o detentor do registro da marca, Manfredini, começa a reivindicar parte da arrecadação de Bonfá e Villa-Lobos para todas as apresentações que eventualmente usassem o nome Legião Urbana.
Dado e Bonfá começam uma verdadeira saga na justiça para pedir o reconhecimento de cotitularidade e, assim, terem direito de utilizar livremente o título Legião Urbana, consolidado no mercado nacional pelos dois, ao lado de Renato Russo.
O caso chegou ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília e a decisão foi adiada a pedido do ministro Antônio Carlos Ferreira, sem previsão para o julgamento.
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NÃO PRECISA SENTIR CULPA POR SEGUIR OS PROTOCOLOS COM QUEM VOCÊ AMA
Na semana passada prometi trazer mais dicas valiosas da psicóloga clínica Ana Carolina do Amaral Lima, a Carol, pesquisadora mestre e doutoranda em análise comportamental pela PUC-SP, para manter a nossa saúde mental.
Coluna: Por que vemos tantas pessoas da mesma família sendo contaminadas?
Carol: É muito difícil ficarmos longe de quem a gente ama e não fazer as nossas coisas com a liberdade que a gente gostaria de ter. O que tem ocorrido entre os meus pacientes é que existe uma sensação de segurança muito grande com quem a gente conhece. Muitos pensam: “Na presença na minha mãe, que mora em outra casa, tudo bem eu ficar sem máscara. Minha mãe por sua vez, pensa: Na presença dessa minha melhor amiga, que eu conheço há muitos anos, sei que ela se cuida, então, tudo bem eu ficar perto dela, sem máscara. E essa amiga, também se sentiu segura em estar sem a máscara, e sem distanciamento de outras pessoas que ela tem intimidade. Mas, o vírus não tem ‘cara’, é invisível, e desse jeito nos colocamos em risco.
*DICA: Não se culpe por manter os protocolos! Tenha em mente que esse é o melhor jeito para você manter a saúde de quem você ama!
Se não entenderem agora, no futuro irão te agradecer pelo zelo! Insista e não sinta culpa!*
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