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Fogos de artíficio: prejuízo para pets, autistas e o bolso

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“Depois do isolamento, todos nós queremos comemorar, e o fim de 2021 tende a ser um dos mais memoráveis dos últimos anos. A maioria de nós quer estar com amigos familiares. Mas não podemos esquecer deles…”

Assim começa o vídeo da campanha lançada nesse mês pela Petlove&Co, maior universo pet do Brasil.

A campanha #fimdeanosemestresse foi idealizada para conscientizar e orientar os pais e mães de pets sobre o medo que cães e gatos podem sentir durante a queima de fogos e como esse problema pode ser minimizado.

Mesmo com a proibição no estado de São Paulo para fogos com estampido, o hábito pode levar à sua realização em muitas comemorações.

 — Leia também: Liberdade na cabeça – Moda Verão 2022

A campanha contra os fogos de artifício durante o ano todo está com voz em todo o Brasil. E na passagem do ano, onde a ‘queima’ é tradição, é um bom momento para levantar a bandeira.

Fogos também causam danos para autistas

Crédito: Reprodução/internet

Intolerância possui explicação e malefícios. Pessoas portadoras do Transtorno do Espectro Autista (TEA) possuem hipersensibilidade, principalmente no que diz respeito à audição.

Barulhos altos, com ruídos agudos que são finalizados com uma alta explosão, somados a luzes fortes e descontínuas, são consideradas a pior combinação para autistas.

Dentre as principais reações dos portadores de TEA, pode haver o manifesto de choros, gritos, reações agressivas e crises de ansiedade.

A orientação de médicos e especialistas é conversar com as pessoas do seu entorno e explicar a situação, para que não haja o barulho.

Ou se deslocar para lugares onde os sons possam estar inaudíveis.

Fazer barulho com fogos prevê multa de 4,3 mil

Crédito: Tatiana Macedo

Em julho deste ano, o Governador João Doria sancionou Lei que proíbe a queima, soltura, comercialização, armazenamento e transporte de fogos de artifício e de artefato pirotécnico de estampido no estado de São Paulo. Apenas fogos que produzem efeitos visuais, sem barulho, podem continuar a ser utilizados e comercializados.

A proibição se aplica a recintos fechados, ambientes abertos, áreas públicas e locais privados. O valor da multa aos infratores será equivalente a 150 vezes o valor da UFESP (Unidades Fiscais do Estado de São Paulo), ou pouco mais de R$ 4,3 mil.

Se a infração for cometida por empresa, o valor será equivalente a 400 vezes o valor da UFESP, ou pouco mais de R$ 11,6 mil. Os valores serão dobrados em caso de reincidência em período inferior a 180 dias.

 

Estampido pode causar dano permanente de audição

Crédito: Reprodução/internet

A médica veterinária Gisele Gomes do Nascimento, de Guarujá, explica quais são os cuidados que os donos devem ter para garantir o bem-estar dos animais.

“O motivo de os pets tenderem a sofrer mais ocorre por terem uma audição mais aguçada do que a dos humanos. E ainda por sentirem muito mais a vibração. Podem chegar até a terem convulsões”, explica Gisele.

Segundo a médica veterinária, o ouvido canino capta sons na frequência entre 10 e 40.000 Hertz, já o do ser humano absorve entre 20 e 20.000 Hertz, o que torna a audição dos pets muito mais sensível.

“Se um rojão estourar próximo ao cão pode causar danos permanentes a audição do animal. E os principais sinais clínicos que os cães podem apresentar são ansiedade, andar compulsivo, vocalização excessiva, taquicardia, taquipneia e, em casos extremos, óbito”, explica.

Como ajudar os animais nesse momento?

Crédito: Helder Lima

Com alguns cuidados e atenções nós podemos ajudar a evitar que os pets sofram nestes períodos. Veja abaixo algumas dicas e orientações listadas por Gisele:

  • Mantenha portas e janelas fechadas para abafar o som;
  • Evite levá-lo para a rua durante a queima de fogos;
  • Deixar um barulho ambiente de TV ou música que o animal esteja acostumado a ouvir, tentando disfarçar um pouco o barulho dos fogos;
  • Cuidado com locais com piscinas. Num ato de desespero os animais podem cair e se afogar;
  • Brinque com os animais durante a queima. Você pode até oferecer petiscos;
  • Atenção para portões com lanças e cercas de arame, o animal pode tentar fugir e se machucar, principalmente os gatos;
  • Tenha sempre um local acolhedor que eles possam escolher ficar durante esse período. Alguns se escondem debaixo da cama, no box do banheiro, debaixo da mesa. Se o animal escolher um local seguro para se refugiar fique presente, e não tente tirá-lo do seu refúgio, estressando-o ainda mais.
  • Busque ajuda de um veterinário para saber se eles podem ser medicados com calmantes;
  • E o mais importante: nunca deixe o animal sozinho;

Quem quiser conversar com a médica veterinária Gisele Gomes do Nascimento, pode entrar em contato através do telefone (13) 9-9743-4279. Ela atende na clínica veterinária Dose de Carinho, no bairro Santa Rosa ou em domicílio.

 

 

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