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G20 debaterá proposta brasileira para taxação de super-ricos

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Presidência brasileira do G20 coloca em pauta a criação de um imposto mínimo sobre bilionários para combater a desigualdade e financiar ações climáticas. A decisão será discutida na cúpula da próxima semana.

Na próxima reunião de cúpula do G20, líderes das maiores economias globais, União Europeia e União Africana discutirão uma proposta central da presidência brasileira: a criação de um imposto mínimo de 2% sobre a renda dos super-ricos.

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A medida, que afetaria cerca de 3 mil bilionários no mundo, foi introduzida pelo Brasil em fevereiro e visa arrecadar até US$ 250 bilhões anualmente para financiar o combate à desigualdade e a resposta às mudanças climáticas.

O economista Gabriel Zucman, um dos idealizadores da proposta, estima que essa taxação arrecadaria substanciais fundos, dos quais US$ 250 bilhões poderiam apoiar a sustentabilidade e a justiça climática globalmente.

No Brasil, um estudo do Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades (Made/USP) indica que o imposto poderia gerar R$ 41,9 bilhões por ano, triplicando o orçamento atual de setores como ciência e tecnologia e aumentando em dez vezes o orçamento do Ministério do Meio Ambiente.

Apesar do apoio de países como França, Espanha e África do Sul, que assumirá a presidência do G20 em 2025, a proposta enfrenta resistência de nações como Estados Unidos e Alemanha. Desde fevereiro, o Brasil tem buscado expandir o consenso sobre a medida, com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, promovendo a ideia em encontros internacionais.

Outro destaque será o G20 Social, que reúne sociedade civil, acadêmicos e organizações para discutir temas como desigualdade, fome e transição energética. Este evento, de 14 a 16 de novembro, no Rio de Janeiro, fornecerá sugestões para a cúpula dos líderes mundiais nos dias 18 e 19 de novembro, fortalecendo a base de apoio para uma tributação global mais justa.

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