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Ganância + Insanidade + Incapacidade = Caos

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O mundo vive hoje uma escalada de violência sem precedentes.

Os conflitos estão cada vez mais internacionalizados, com 91 países envolvidos de alguma forma com situações de guerra ou confrontos no exterior. Em 2008, eram apenas 58 países nesta situação. No total, 2 bilhões de seres humanos vivem em situações de guerra, um quarto da humanidade.

Parece que os países, ou melhor, as pessoas que comandam estes países, ou grupos armados terroristas, perderam a noção do que é viver para a paz, para a palavra de Deus, para o progresso, para o amanhã. Muitas destas contendas, inclusive, são religiosas, mas a maioria ocorre pela ganância de dinheiro, poder e total ausência de sanidade mental.

A continuar assim, o mundo caminhará para o caos.

Muitos religiosos, místicos, estão falando que o mundo entrará num período de regeneração, cujo começo será ainda neste século. O processo é lento, mas começar já é um bom sinal.

»» Leia também: Todos ficaremos velhos

Só que as mudanças não seriam com catástrofes naturais e sim com aumento da consciência humana. Quem sabe estamos vivendo o final, o expurgo da imbecilidade. Mas o preço está alto.

De acordo com o Instituto para Economia e Paz, 2022 já havia sido o ano com o maior número de mortes em conflitos desde o genocídio em Ruanda, em 1994. Foram 238 mil, das quais 100 mil ocorreram na guerra no Leste da África, atingindo a região de Tigray. O segundo lugar foi da Ucrânia, com 83 mil.

De outra parte, em 2022, o custo da violência chegou a US$ 17,5 trilhões, 13% do PIB do planeta. Mais de R$ 10 mil por pessoa, em perdas. O valor é suficiente para erradicar a pobreza e a fome, dois sonhos da humanidade.

Neste ponto, retomamos o que várias e várias vezes já dissemos nesta coluna: é preciso que haja mais espiritualidade no ser humano, mais fé em Deus, mais amor ao próximo.

O ser humano se animalizou. Está levando suas condutas ao ponto mais alto da barbárie, quando pouco se importam com os custos, a dor, as atrocidades desde que os objetivos, sempre nefastos, sejam alcançados.

Por outro lado, há a incompetência do próprio ser humano. Primeiro, para achar uma forma diplomática de acabar com a violência. A diplomacia está totalmente sem sintonia com a realidade das ações.

Depois, os gastos. Preferem investir numa guerra do que investir na paz. Quer dizer, é preferível construir armas bélicas do quem plantar grãos e fazer tijolos. Quando o ser humano passou a adotar esta inversão da lógica? Da bondade? Da fraternidade?

Sinal dos tempos. Enquanto isso as mortes aumentam, a fome mata crianças, as bombas não escolhem os alvos.

É o caos. Se eu fosse fanático, diria que é o Armagedom.

Sérgio Motti Trombelli
é professor universitário e palestrante cristão

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