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Governo do Estado afirma que não é mais capaz de acompanhar a necessidade de internações
Redação – Aumento das restrições em 14 atividades coloca mais 4 milhões de pessoas em restrições adicionais (entre pessoas empregadas e movimentadas); levantamento recente aponta que nos últimos 10 dias, ao menos 38 pacientes com Covid-19 morreram na fila de espera por leitos de UTI no estado de São Paulo
O Governador João Doria anunciou nesta quinta-feira (11) a implantação da Fase Emergencial do Plano SP, com medidas ainda mais restritivas que a fase vermelha de enfrentamento à pandemia da Covid-19. As medidas passam a valer na próxima segunda-feira, dia 15 de março e devem permanecer até o dia 30.
“A situação da pandemia nunca esteve tão grave quanto agora e o ritmo da abertura de leitos no sistema de saúde do estado não é mais capaz de acompanhar a necessidade de internações”, afirmou durante coletiva.
Desde o último sábado (6), todo o estado está na fase vermelha, considerada até então a mais restritiva pelo Plano SP. Entre as novas medidas anunciadas, foram suspensas a realização de cultos, missas e outras atividades religiosas coletivas, além de todos os eventos esportivos, como jogos de futebol.
Praias e parques também estão ‘fechados”, e agora passa a valer o toque de recolher das 20h às 5h.
Comércios e restaurantes não poderão operar com serviço de retirada presencial, apenas delivery (24h) ou drive-thru (das 5h às 20h) e agora, os depósitos de materiais de construção também ficarão fechados.
O governo também destacou que fará na rede estadual a antecipação do recesso escolar, mantendo as escolas abertas apenas para entrega de alimentos e com hora marcada. No entanto, destaca que os municípios têm autonomia para decidir se mantêm ou não unidades estaduais, municipais e privadas abertas em suas cidades
Em relação a medidas de auxílio para pequenas e médias empresas, o governador João Doria pediu que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ajude os empreendedores, não só de São Paulo, mas de todo o país, neste momento.
Mortes no Estado
As medidas, apesar de impopulares, são necessárias, pois São Paulo é responsável por grande parte dos casos de infecção e morte por covid-19 no Brasil. Na quarta-feira (10), o estado registrou a maior média móvel de mortes de toda a pandemia, superando 300 mortes, um recorde que representa um aumento de 34% em relação ao verificado há 14 dias, o que, segundo os especialistas, indica tendência de alta.
Sem leitos
Um levantamento recente aponta que ao menos 38 pacientes com Covid-19 morreram na fila de espera por leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no estado de São Paulo nestes primeiros nove dias de março.
Municípios estão começando a enviar pacientes para outras cidades, inclusive para hospitais na Baixada Santista, o que é uma má notícia para moradores da região, que contam com vagas insuficientes normalmente e podem não ter vaga em caso de necessidade.
Nesta quinta-feira (11), São Paulo registra 517 novas mortes por Covid-19 nas últimas 24h, 16.058 novos casos confirmados da doença, e taxa de ocupação de UTIs em seu maior índice histórico, com 82% dos leitos ocupados. Na Grande São Paulo, a taxa média é de 83,6%.
Baixada Santista
Nas nove cidades que compões a Baixada Santista, levantamento desta quarta destaca que a ocupação de leitos em UTI estava em 62% e, no total, 211 novos casos e 20 mortes foram confirmadas. A região acumula 106.196 casos da covid-19, cerca de 3.372 mortes e 90.657 recuperados.
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