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Guarujá inicia mapeamento de possíveis assintomáticos da covid-19

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Estudo, que ocorre em toda Baixada Santista, será em quatro etapas; Guarujá testará, ao todo, quase 2.000 munícipes

Da Redação

Guarujá iniciou nesta sexta-feira (1) a primeira etapa da pesquisa científica que fará um mapeamento do percentual de indivíduos que já tiveram contato com o novo coronavírus no Município e na Baixada Santista. A ideia principal é entender como está a disseminação da covid-19 e, principalmente, ajudar a identificar possíveis munícipes assintomáticos, que não precisaram de nenhum atendimento médico, mas têm potencial para transmitir a doença para outros.

Esta primeira, de quatro fases, ocorrerá até o próximo domingo (3), e testará 426 pessoas na Cidade em cada estágio, totalizando 1.704 moradores.

De acordo com a Secretaria de Saúde (Sesau), os munícipes, de praticamente todos os bairros, foram escolhidos aleatoriamente, por meio de sistema informatizado, e receberão a visita dos agentes comunitários de saúde e profissionais de enfermagem em casa. Todos foram treinados, chegarão em um veículo da Prefeitura, trajados com equipamentos de proteção individual (máscara, óculos e avental) e identificados pelo crachá.

O exame só será realizado mediante autorização da pessoa, que receberá um termo contendo todas as informações do estudo e um telefone caso queira tirar dúvidas. O processo é simples: por meio de uma lanceta descartável, um pequeno furo é realizado na polpa de um dos dedos para extrair o sangue. Em seguida, a amostra é colocada no teste, que após 15 minutos dará o resultado. Se aparecer uma barra horizontal ao lado da letra “T”, significa que ela já teve contato com o vírus e já desenvolveu anticorpos para ele.

Ao término, os munícipes participantes responderão um questionário de informações pessoais como sexo, idade e profissão. Além de perguntas com perfil socioeconômico como, por exemplo, se perdeu o emprego por conta da pandemia. Tudo será consolidado em um banco de dados, que será levado em conta nas decisões a serem tomadas pela Administração Municipal em relação ao enfrentamento e a condução da pandemia.

Este exame, porém, é diferente do que é realizado na fase sintomática e quando a pessoa procura uma unidade de saúde, onde o que é colhido é a secreção das mucosas oral e nasal, visando identificar se há presença do vírus naquele momento.

Aplicação e etapas

Chamada de Epidemiologia da Covid-19 na Região Metropolitana da Baixada Santista (Epicobs), a pesquisa abrangerá as nove cidades da Região. A Baixada, como um todo, promoverá a avaliação a 2.478 pessoas. A realização é da Fundação Parque Tecnológico de Santos, e reúne mais de 40 pesquisadores de todas as universidades da Região.

O estudo ainda contará com mais três etapas, e terá um intervalo de 15 dias entre si. A expectativa é que, em um período de dois meses, 10 mil pessoas sejam testadas na Baixada Santista. A compra dos equipamentos para os exames foi financiada pelo Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb).

“Algumas pessoas irão se surpreender, especialmente quem não apresentou sintoma ou apresentou um quadro muito leve e não o relacionou à covid-19. Cerca de dez dias após o contato com o vírus, o organismo passa a gerar anticorpos. Ou seja, cada etapa do estudo refletirá a infecção dez dias antes da coleta, no mínimo”, explica o médico infectologista Marcos Caseiro, coordenador da pesquisa na Baixada Santista.

Amostras por cidade em cada etapa

Bertioga – 83
Cubatão – 174
Guarujá – 426
Itanhaém – 135
Mongaguá – 75
Peruíbe – 91
Praia Grande – 428
São Vicente – 487
Santos – 581
Baixada Santista: 2.478

Texto e fotos: PMG

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