Guarujá em Foco
Guarujá sobe 20 posições no Ranking de Saneamento Básico do Trata Brasil
Município saltou do 55º para o 35º lugar no levantamento, que é referência no assunto; entre as cidades que mais fizeram investimentos por habitante, Guarujá ficou no top 10
Os esforços da Prefeitura de Guarujá fizeram o Município subir 20 posições no conceituado Ranking de Saneamento Básico 2024 do Instituto Trata Brasil, que avalia os indicadores das 100 maiores cidades do País. Agora, Guarujá encontra-se no 35° lugar do levantamento, conforme os resultados da 16ª edição, divulgados na última quarta-feira (20). Para isso, foram considerados investimentos dos últimos cinco anos e os mais recentes dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS).
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O ranking 2024 de saneamento básico traz ainda outro resultado positivo: Guarujá aparece no top 10 entre os municípios que mais fizeram investimentos do gênero por habitante. Foram R$ 239,36 per capita, valor bem acima da média de R$ 138,68 apurada pelo Instituto Trata Brasil.
Outro aspecto fundamental é a atuação da Sabesp, que em 2018 teve sua situação contratual formalizada com o Município e é fiscalizada, permanentemente, pela Secretaria de Meio Ambiente de Guarujá (Semam). Isso porque o trabalho proporciona melhorias significativas no fornecimento de água e prevenção de perdas, além da coleta de esgoto.
Top 5 de variação positiva
As 20 posições escaladas no ranking geral do Trata Brasil fizeram de Guarujá uma das cinco cidades com os melhores desempenhos na variação entre 2023 e 2024. Ou seja, a Cidade foi a terceira que mais ganhou posições neste ano. A primeira foi Aparecida de Goiânia (GO).
O prefeito de Guarujá, Válter Suman, comemorou a boa notícia e reforçou o compromisso em prol da universalização do saneamento básico. “Uma das nossas grandes conquistas recentes é a aprovação do licenciamento ambiental de construção do novo reservatório com capacidade para 10 milhões de litros de água no bairro Morrinhos, além do início das obras de captação de água na nascente do Rio Trindade, que ampliará o abastecimento em mais de 100 litros por segundo”, destacou o chefe do Executivo.
Macrodrenagem e outras obras históricas influenciaram no resultado positivo de Guarujá
Em 2020, a Prefeitura de Guarujá ampliou o diálogo com a sociedade civil e criou o Conselho Municipal de Saneamento Ambiental (CMSA), tornando-se a única cidade da Baixada Santista a ter um colegiado deliberativo, regulador e fiscalizador de nível estratégico. O órgão é composto por secretarias, Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp), Sabesp, munícipes e representantes de diversas iniciativas.
Um ano depois, o Município iniciou as obras históricas de macrodrenagem do Rio Santo Amaro. Trata-se de um conjunto de benfeitorias na área de saneamento, com destaque para a construção de três piscinões controlados por comportas, novos canais, calçadas, guias, sarjetas e outras intervenções que, muito em breve, beneficiarão mais de 18 mil pessoas do bairro Santo Antônio.
A obra foi iniciada em 2021 pela Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras (Seinfra) e vai amenizar um problema crônico, que são as inundações nesta região da Cidade em razão das condições da maré alta e também das fortes chuvas. Os investimentos são de R$ 77,5 milhões, que a Prefeitura captou junto ao Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), por meio do Programa Avançar Cidades.
Perequê
Já nos bairros Perequê e Jardim Umuarama, um sistema de esgoto com 22,1 quilômetros de redes coletoras está quase 100% concluído, o que também pesou para o resultado positivo de Guarujá. O objetivo é beneficiar 1.360 imóveis da região, além de melhorar a balneabilidade das praias e a qualidade das águas de córregos e rios, como o Rio do Peixe, que deságua na Praia do Perequê. Quatro estações elevatórias de bombeamento já estão em pleno funcionamento, e o valor do investimento é R$ 31,6 milhões, operacionalizados pela Sabesp.
15 anos de monitoramento
Desde 2009, o Instituto Trata Brasil monitora os indicadores dos maiores municípios brasileiros com base na população, com o objetivo de dar luz a um problema histórico vivido no país. A falta de acesso à água potável impacta quase 32 milhões de pessoas e cerca de 90 milhões de brasileiros não possuem acesso à coleta de esgoto, refletindo em problemas de saúde por veiculação hídrica.
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