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Guarujá tem queda de 36% na ocupação de leitos após lockdown

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Medidas restritivas, acompanhadas de rápida mobilização de leitos, foram responsáveis pela redução no número de internações

Guarujá apresenta queda de 36% na ocupação de leitos 21 dias após a decisão da adoção de um lockdown em toda a região da Baixada Santista. Quando a medida foi tomada, em 19 de março, a Cidade registrava 100% de lotação dos leitos públicos. Já na última sexta-feira (9), uma semana após o fim do lockdown e no dia em que foi anunciada a mudança de fase do Plano São Paulo, do Governo do Estado, a taxa é de 64%.

Fator importante para reduzir a circulação do vírus e, consequentemente, o número de internações, a adoção das medidas restritivas precisou ser acompanhada por uma rápida mobilização do Município na criação e readaptação de leitos para que não faltasse assistência a quem fosse acometido pela doença.

Com sistema de saúde próximo do colapso, Guarujá precisou agir rápido para mobilizar mais leitos exclusivos para o tratamento de pacientes com a covid-19. Foram 20 leitos só no Hospital Santo Amaro (HSA), sendo 10 de enfermaria e 10 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e a implantação de um novo Hospital de Campanha, em Vicente de Carvalho com capacidade de até 50 leitos de baixa e média complexidade, foram medidas imediatas.

E desde o dia 1 de abril, após uma reorganização na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Rodoviária, foram contingenciados leitos de outras patologias para tornar a unidade uma referência para o atendimento e tratamento a pacientes com a covid-19.

Óbitos e casos ainda não desaceleraram

No entanto, os efeitos do lockdown ainda não puderam ser sentidos em relação ao número de óbitos e casos confirmados. Esses, na verdade, apresentam crescimento em comparação às semanas anteriores – em especial as mortes.

O aumento ainda é reflexo do novo pico da pandemia que já se desenhava desde o final de fevereiro e começo de março, condição que levou o Governo do Estado a criar uma fase emergencial dentro do Plano São Paulo e, posteriormente, a adoção de um lockdown na região da Baixada Santista.

A diminuição hoje vista na ocupação de leitos deve começar a se refletir na queda de mortes e casos confirmados. Isso porque entre a contaminação, incubação do vírus, manifestação dos sintomas e, infelizmente, uma evolução a óbito, o paciente leva cerca de 30 dias.

Para se ter uma ideia, na semana epidemiológica entre 26 de março e 2 de abril, a média móvel de óbitos era de 3,5. Já na última semana, entre 2 de abril e a última sexta-feira (9), foi de 5,5 – alta de 57%. Na semana da decretação do lockdown, a média era de 2,8.

Já em relação aos casos, o aumento foi mais discreto. Entre 26 de março e 2 de abril, a média móvel era de 75 casos diários. De 2 de abril até o último dia 9, 87 confirmações por dia – aumento de 16%.

Mas quando são comparadas as médias móveis da semana do início do lockdown (entre 19 e 26 de março) com a seguinte (26 de março a 2 de abril), o crescimento foi de 120%. Eram 34 casos em média confirmados por dia antes, aumentando para 75 na semana seguinte e diminuindo a curva ascendente na sequência.

Foto: reprodução

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