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Guarujá em Foco

Interdição da Estação Praça da República inicia dia 28

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A obra de reforma e modernização da Estação Praça da República, que entra em fase final, vai exigir a interdição temporária do embarque e desembarque de passageiros por 60 dias, até dezembro. A paralisação já estava prevista para iniciar no dia 28 de outubro, mas precisou ser adiantada emergencialmente, para garantir a segurança dos usuários.

Com o objetivo de reduzir ao máximo o impacto à população, um flutuante terceirizado foi alugado para operar ao lado da travessia, com as mesmas embarcações disponíveis para operação. O serviço está em fase final de ajustes para ser iniciado.

»» Leia também: Barcas entre Santos e Guarujá podem ter reabertura anunciada hoje

“Estamos finalizando os ajustes e autorizações para que essa opção seja disponibilizada. Nossa preocupação é que, mesmo com as obras, o serviço continue sendo prestado, de forma que a população não sinta um grande impacto”, ressaltou o secretário-executivo de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) do Estado de São Paulo , Anderson Oliveira.

Nesta quarta-feira (9), ele esteve desde bem cedo na sede do Departamento Hidroviário em reuniões sobre o tema, e atendeu a imprensa em seguida. “Sabemos do transtorno que a obra causa, mas é importante enfatizarmos os benefícios que virão depois. Estamos atendendo uma demanda histórica e o que vamos entregar é um divisor de águas do ponto de vista de conforto, modernidade e qualidade”, ressaltou.

Durante este período, o pagamento da tarifa será realizado apenas no embarque e desembarque do lado de Vicente de Carvalho, sem alterações no valor das passagens.

As obras de requalificação do local fazem parte de um amplo programa de modernização das travessias litorâneas, representando um investimento de R$ 5,5 milhões do Governo de São Paulo. As melhorias incluem a impermeabilização de paredes, cobertura e pisos; recuperação dos revestimentos das paredes, de alvenarias, das coberturas e telhados, bem como das instalações elétricas e hidráulicas.

Serão fornecidas e substituídas esquadrias de madeira e metálicas. A intervenção prevê também a instalação de novos forros e vidros; substituição dos pisos internos e externos; e pintura completa da edificação, garantindo uma estrutura modernizada e mais eficiente.

“Fizemos um projeto integrado com a região turística do Parque do Valongo, numa parceria com a prefeitura. A nova estação será 100% acessível, com rampas de embarque e desembarque ampliadas, a segregação dos acessos de pedestres e ciclistas, visando melhorar o fluxo de entrada e saída e minimizar conflitos durante o uso da estação”, enfatizou Anderson Oliveira.

Outro ponto relevante é o novo posicionamento do flutuante, que será instalado a 12 metros de distância do porto, conforme diretrizes da Marinha, com o objetivo de melhorar a inclinação das rampas de acesso e eliminar movimentações paralelas. A mudança trará mais estabilidade, segurança e conforto aos passageiros durante o embarque e desembarque.

“Estamos avançando bem e, com essa interdição, vai ser possível acelerar as obras pra entregarmos em janeiro do ano que vem”, disse o secretário-executivo.

Além das melhorias na Estação Praça da República, a travessia Santos/Vicente de Carvalho — a maior em volume de pedestres na região, com aproximadamente 10 mil usuários diários — também foi beneficiada por outras intervenções nos anos de 2023 e 2024. A Estação Vicente de Carvalho, localizada em Guarujá, recebeu investimentos de R$ 14,8 milhões, com a modernização do sistema de combate a incêndio, adequações de acessibilidade e construção de um novo flutuante com duas passarelas.

Parceria Público-Privada

O serviço de travessias operadas pelo Departamento Hidroviário (DH), está sendo preparado para atrair investimentos privados. O projeto prevê a concessão do serviço público coletivo aquaviário de 14 linhas, sendo oito litorâneas, três do sistema de balsas da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) e três no Reservatório de Paraibuna. A consulta pública para a parceria público-privada está em fase de preparação e deve ser aberta neste último trimestre do ano, com o lançamento do edital previsto para o início do próximo ano.

FOTO: EDSON LOPES JR/A2 FOTOGRAFIA

Investimentos nas travessias

A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) do Estado de São Paulo, por meio do DH, reafirma seu compromisso com a melhoria contínua do sistema de travessias e com a segurança e bem-estar de todos os seus usuários.

O Governo de São Paulo tem promovido investimentos, totalizando mais de R$ 175 milhões, direcionados à modernização das embarcações, reforma das estruturas de embarque e desembarque, além de melhorias tecnológicas para otimização da gestão de filas e do atendimento.

A pasta vem trabalhando para melhorar os serviços prestados aos cidadãos que utilizam as travessias, focando nas regiões de maior demanda. Estruturas de atendimento, estações, flutuantes de atracação e balsas estão sendo reformadas, garantindo, em primeiro lugar, a segurança dos usuários, além de conforto e agilidade no serviço.

Em 2024, já foram entregues três embarcações reformadas e renovadas, duas atendendo a travessia Santos-Guarujá (FB-21 e FB-27) e uma atendendo a travessia São Sebastião/Ilhabela (FB-28), com um investimento total de R$ 23,4 milhões:

  • FB-21: investimento de R$ 6,8 milhões, capacidade para 21 veículos e 158 pedestres;
  • FB-27: investimento de R$ 8,5 milhões, capacidade para 216 pedestres e 44 veículos;
  • FB-28: investimento de R$ 8,1 milhões, capacidade para 44 veículos e 162 pedestres.

Neste segundo semestre, o DH entregará outras três embarcações que estão em reforma, além da conclusão das obras dos flutuantes de São Sebastião e Ilhabela, com um investimento total de R$ 35,7 milhões:

  • FB-30: investimento de R$ 8,3 milhões, capacidade para 320 pedestres e 56 veículos;
  • FB-10: investimento de R$ 9,1 milhões, capacidade para 200 pedestres e 32 veículos;
  • Lancha Canéu: investimento de R$ 4,5 milhões, capacidade para 190 pedestres;
  • Flutuante de São Sebastião (Flutuante DERSA VIII): investimento de R$ 6,9 milhões;
  • Flutuante de Ilhabela (Flutuante DERSA VI): investimento de R$ 6,9 milhões.
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