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Jovem tem corpo incendiado após vazamento de gás em Guarujá

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Uma estudante foi internada em estado grave em um hospital após uma explosão de gás que vazou de um botijão na casa dela, em Guarujá. Manuela Reinert Gonzalez, de 23 anos, está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas está consciente. Nesta segunda-feira (25), ela contou detalhes do ocorrido e afirmou que, apesar dos ferimentos, está grata por ter sobrevivido.

Conforme relatou, Manuela foi para faculdade e saiu às 19h da última sexta-feira (22). Ao chegar no sobrado onde mora, ela sentiu um forte cheiro de gás e um barulho forte de vazamento, que vinha da cozinha.

“Graças a Deus minha cachorra estava na área externa, porque se ela estivesse dentro teria morrido pela quantidade de gás que estava na casa. Acendi a luz e entrei para tentar fechar a saída desse gás. Quando eu mexi no fogão, ele explodiu e a casa começou a pegar fogo. Eu voei para trás e entrei em chamas”, relata.

O que a salvou, segundo conta, é que ela estava com uma jaqueta jeans que cobria o seu tórax. De acordo com Manoela a casa ficou destruída com o incêndio. “Estávamos eu e a minha cachorra. Coloquei ela para trás da jaqueta, pulei o fogo com ela e eu continuei pegando fogo por um tempo. Fui batendo até parar”, relembra.

A cadela saiu correndo após elas atravessarem o fogo e fugiu, devido ao susto. “Nesse momento fui socorrida pelos meus vizinhos. Todos estavam em choque porque ouviram a explosão. Os vidros da casa voaram, meu crachá da faculdade foi parar do outro lado da rua. Na hora tirei todos os anéis da mão, vi que minha pressão estava abaixando, então eu deitei e levantei as pernas. Estava sangrando muito e em estado de choque. Ainda estou um pouco”, diz.

Devido ao tempo de espera do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), a estudante afirmou que não aguentou a dor e pediu que o vizinho a levasse ao hospital. Chegando na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, a jovem foi socorrida às pressas e passou pelos procedimentos iniciais.

“Foi aproximadamente 40% do corpo queimado. Minha cachorra ficou desaparecida ainda por alguns dias. Depois fui transferida ao Hospital Ana Costa, em Santos. Tenho que agradecer que estou viva. Eu renasci. Isso tudo que aconteceu foi um renascimento. Tenho que agradecer, por pior que eu esteja, tenho que encarar pelo lado positivo”, destaca.

Mobilização
A estudante é de Brasília, mas morava em Guarujá apenas com a cachorra, cidade em que cursa faculdade de medicina. Amigos da faculdade se mobilizaram para encontrar ‘Cristal’, a cachorrinha de Manuela após o ocorrido. “Eles sabiam o quanto era importante para mim e não desistiram de procurar. Acharam ela no domingo de manhã. Ela estava machucada e um casal de veterinários ficou com ela. Vão devolver para mim”.

De acordo com a mãe da vítima, Denise Reinert, de 50 anos, a jovem ainda permanecerá cerca de um mês no hospital. “Espero que ela fique bem logo. Graças a Deus, ela está consciente. Realmente ela ficou bastante machucada e queimada, mas recebeu um atendimento maravilhoso por toda a equipe do hospital, isso foi essencial”, diz.

Manuela e a mãe afirmam que são muito gratas por toda a ajuda que receberam de amigos, vizinhos e familiares depois do acidente. “Tenho que agradecer todo mundo da minha sala, amigos e professores, que procuraram por horas a minha cachorra. E também ao meu namorado, que me ajudou demais depois do acidente. Esse apoio todo foi muito importante”, diz.

A jovem ainda alerta sobre os riscos de acidentes que possam causar explosões. “É preciso tomar muito cuidado com essa questão do gás, eletricidade, porque isso é grave e em acidentes como o meu a recuperação é lenta e dolorosa. É importante ter uma atenção reforçada nesse quesito”, finaliza. (Fonte: G1)

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