Marcelo Nicolau e ex-secretário de Desenvolvimento depõem à Comissão Processante

A Comissão Processante, criada para analisar o pedido de impeachment do prefeito de Guarujá, Válter Suman (PSDB), ouviu Marcelo Nicolau, ex-secretário de Educação e Rogério Rudge, ex-secretário de Desenvolvimento Econômico e Portuário do município, na manhã desta segunda-feira (8).

Ambos foram apontados pelo Ministério Público Federal de estarem envolvidos no esquema de desvio de dinheiro da Saúde.

Os depoimentos dos ex-secretários, ouvidos como testemunhas, teve início em torno de 9h30. Marcelo Nicolau foi ouvido primeiro; depois, foi a vez de Rogério Rudge. Eles responderam a questões elaboradas pelos vereadores membros da Comissão Processante, formada por Fernando Martins dos Santos (MDB), Juninho Eroso (PP) e Sirana Bosonkian (PTB).

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Marcelo Nicolau, ex-secretário de Educação de Guarujá – Foto: Abner Reis/g1

Marcelo Nicolau

De acordo com o ex-secretário, todos os valores apontados são oriundos do trabalho dele. Nicolau esclareceu que exerceu outras atividades nos últimos anos, como professor em escola estadual e corretor de imóveis aos fins de semana. Ele também atuou em Portugal na área de eventos.

Rogério Rodge, ex-secretário de Desenvolvimento Econômico e Portuário de Guarujá – Foto: Abner Reis/g1

 

Rogério Rudge

Rogério Rudge Lima Netto é ex-secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Portuário de Guarujá. Ele foi apontado segundo o Ministério Público Federal (MPF), como operador financeiro do prefeito Válter Suman, tendo o ajudado, supostamente, a ocultar o patrimônio ilícito do prefeito.

No depoimento, Rodge disse que o apartamento onde o prefeito Válter Suman mora com a família é dele e que, desde que as investigações da Polícia Federal começaram, em setembro, o prefeito Válter Suman deixou de pagar os devidos valores do aluguel. Ele diz que já notificou judicialmente Suman sobre o assunto.

Em seguida, respondeu questões sobre a aquisição de imóvel na Avenida Teodoro da Fonseca, no Centro de Guarujá, por meio de permuta e depósito de R$ 300 mil, além de uma comissão de R$ 85 mil para corretor. O ex-secretário confirmou a permuta, mas negou que tivesse pago qualquer comissão ao corretor.

Rodge disse, ainda, que todo o seu patrimônio está declarado devidamente em Imposto de Renda e que, se for preciso, mostrará todo o seu extrato bancário à comissão.

Comissão Processante