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Ministério Público do Trabalho do RS investigará vereador por apologia ao trabalho escravo

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O vereador Sandro Fantinel (sem partido), de Caxias do Sul, na Serra do Rio Grande do Sul, durante sessão legislativa proferiu  um discurso xenofóbico ao repercutir a notícia do resgate de cerca de 200 empregados terceirizados por vinícolas da região gaúcha em situação de escravidão de um alojamento em Bento Gonçalves. Eles eram submetidos a “condições degradantes” e trabalho análogo à escravidão durante a colheita da uva.

— Leia também: Anvisa derruba obrigatoriedade de máscaras em aeroportos e aviões

Os trabalhadores, a maioria vindos da Bahia e nordeste brasileiro, foram contratados por uma empresa que oferecia a mão de obra para as vinícolas Aurora, Cooperativa Garibaldi, Salton e produtores rurais da região. O Ministério Público do Trabalho (MPT) do Rio Grande do Sul também anunciou que investigará o parlamentar por apologia ao trabalho escravo. De acordo com o órgão, Fantinel “culpabilizou as vítimas pela situação, além de promover xenofobia contra trabalhadores baianos” em seu discurso.

Veja no vídeo trecho da fala do vereador:

De acordo com a mídia da região, o vereador Sandro Fantinel já foi alvo de dois pedidos de cassação na Câmara de Vereadores de Caxias do Sul. Devido a repercussão do fato, Fantinel foi expulso do Patriota na quarta-feira (1º). Um boletim de ocorrência contra ele foi registrado pelo deputado estadual Leonel Radde (PT) na terça (28).

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