Brasil/Mundo
Motorista do cortejo de Senna relembra o dia marcante
Paulo de Freitas, bombeiro que conduziu o caixão de Ayrton Senna em 1994, relembra os detalhes emocionantes da despedida histórica que comoveu o Brasil.
Há exatos 30 anos, as ruas de São Paulo foram palco de uma das despedidas mais comoventes da história esportiva do Brasil. Ayrton Senna, o tricampeão de Fórmula 1, partia para seu descanso final em meio a uma multidão que o considerava um herói nacional. A missão de conduzir o caixão ficou a cargo do então capitão Paulo de Freitas, que liderava a operação pelo Corpo de Bombeiros de São Paulo.
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Freitas, hoje coronel aposentado, recorda aquele dia com emoção, descrevendo-o como a ocorrência mais triste e marcante de sua carreira. “Eu chorei várias vezes. O motorista ao meu lado chorava, e todos ao nosso redor faziam o mesmo. Era um adeus digno para um herói”, relatou. A operação, que envolveu sete viaturas e 35 bombeiros, foi cuidadosamente planejada para garantir que o último percurso do piloto fosse impecável.
Durante o trajeto, cenas marcantes ficaram registradas na memória do coronel: desde a redução da velocidade do carro para que os fãs pudessem se despedir adequadamente até o momento em que uma pomba branca pousou na viatura e a acompanhou por parte do percurso. “Não achei que fosse apenas uma coincidência”, relembra Freitas.
A viatura que transportou Senna hoje está imortalizada no museu do Corpo de Bombeiros de São Paulo, um símbolo de uma despedida que marcou não só a carreira de Paulo de Freitas, mas a história do país. “Apesar da dor, mostramos ao mundo a competência da Polícia Militar de São Paulo”, concluiu o bombeiro, com orgulho e saudade.
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