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Mundial de League of Legends começa nesta sexta na China

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Torneio reunirá em Xangai 22 clubes de 11 regiões do mundo

Por Guilherme Neto
Apresentador do quadro Fliperama, no programa Stadium, da TV Brasil

O Mundial de League of Legends (LoL) começa nesta sexta-feira (25), em Xangai (China). Apesar da pandemia do novo coronavírus (covid-19), a Riot Games decidiu apostar em um campeonato presencial, ainda que os novos tempos tenham provocado mudanças e alguns desafios ao formato do torneio.

Inicialmente, a competição ocorreria em mais uma, ou duas cidades da China. Mas, por precaução, os organizadores decidiram focar apenas em Xangai, a maior cidade do país. Além disso, devido a restrições de viagens, a Team Flash e a GAM Esports, representantes do Vietnã, ficaram fora do torneio, reduzindo o total de equipes de 24 para 22.

Todas as partidas serão realizadas sem a presença de público, embora a Riot Games ainda estude a possibilidade de permitir a entrada limitada de torcedores na final, programada para o dia 31 de outubro.

Com dois times a menos, o formato do torneio também precisou sofrer algumas mudanças. A vaga do Vietnã na fase principal do evento, antes reservada ao campeão vietnamita, foi para a Coreia do Sul. Por isso, a Gen.G, que ficou com a terceira e última vaga do país asiático, não vai precisar passar antes pela fase de entrada.

Fase de entrada
Esta fase inicial, em que se encontra a INTZ, ficou dividida em dois grupos de 5 equipes cada. Apenas o primeiro colocado de cada chave garante a classificação direta para a fase de grupos. As outras duas vagas (uma de cada grupo) serão disputadas em uma espécie de repescagem, onde o terceiro e quarto colocados lutam entre si. O vencedor deste duelo terá pela frente o segundo colocado do grupo oposto, em partida que vale uma vaga na fase principal, prevista para 3 de outubro, com 16 times divididos em quatro grupos.
Vamos conferir um pouco da história de cada time participante desta etapa do Mundial de LoL 2020.

Grupo A
INTZ

Esta é a segunda participação da equipe brasileira no Mundial. A estreia dos intrépidos foi em 2016, quando amargaram o último lugar do Grupo C e foram eliminados. Apenas um nome daquele elenco está na equipe deste ano, o atirador micaO. Maior campeã do CBLoL, com cinco títulos, a INTZ chega na edição deste ano com a missão de fazer a melhor campanha brasileira em um Mundial, conquistada ainda em 2015 pela paiN Gaming e nunca superada. Na ocasião, os brasileiros conquistaram duas vitórias, mas não conseguiram vaga nos playoffs.

MAD Lions
Franca-favorita à classificação no grupo A, a antiga Splyce será a primeira rival da INTZ na competição. A equipe de MADRI (daí a sigla MAD no nome) se classificou para o Mundial ao garantir o quarto lugar na liga europeia de League of Legends. No ano passado, ainda com o nome Splyce, o time espanhol alcançou o seu melhor resultado ao chegar às quartas-de-final, quando foi eliminado pela SK Telecom. Em sua outra participação no torneio internacional, em 2016, a Splyce não conseguiu sair da fase de grupos.

Legacy Esports
Segunda rival da INTZ no torneio, a australiana Legacy Esports é a única representante da liga da Oceania. A equipe vem em boa fase, tendo conquistado as duas etapas da região em 2020, depois de colecionar vice-campeonatos em anos anteriores – uma campanha que lembra um pouco o Flamengo do ano passado.. Apesar de estreante no Mundial, a Legacy tem no elenco nomes experientes no torneio, como o coreano Topoon e o australiano Babib, que ano passado defendiam a rival MAMMOTH.

Team Liquid
A equipe dos Estados Unidos chega ao Mundial pela terceira vez e é outro nome a ser temido pela INTZ. Nas outras duas participações, a Liquid estreou direto na fase principal do torneio, como campeã da liga norte-americana. Dessa vez, no entanto, ela terá que passar pela fase de entrada, após terminar a liga regional na terceira posição. A equipe norte-americana tem no currículo um vice-campeonato no MSI 2019 (campeonato internacional de LoL que só perde em importância para o próprio mundial). No MSI 2018, o time terminou em quinto lugar. Nas edições de 2018 e 2019, não conseguiram sequer sair da fase de grupos.

Papara SuperMassive
Experiente em torneios internacionais, esta é a segunda participação da SuperMassive no Mundial. Na estreia, em 2018, a equipe caiu ainda no segundo round da primeira fase do evento. Agora, retorna mais uma vez como campeã da Turquia, região que de longa data vem eliminando diversos times brasileiros. A própria SuperMassive foi algoz da KaBuM! no MSI 2018, e da Red Canids, no MSI 2017. A INTZ, por sua vez, teve que suar contra os turcos da Dark Passage no International Wild Card (IWCQ), para garantir uma vaga no Mundial 2016. No ano anterior, a SuperMassive perdeu a chance de ir para o MSI, ao ser eliminada do torneio qualificatório IWC, com uma derrota para os compatriotas do Besikitas. No Mundial do ano passado, vale lembrar, o Flamengo sofreu diante da Royal Youth da Turquia, e voltou para casa depois de perder a partida de desempate da primeira fase.

Grupo B

LGD Gaming
A LGD Gaming é vice-campeã da liga da China, região que vem desbancando os antes incontestáveis sul-coreanos no Mundial. Apesar disso, a equipe retorna ao torneio internacional depois de ficar ausente por quatro anos seguidos. Em 2015, quando chegou como campeã chinesa, a LGD decepcionou ao ser eliminada ainda na fase de grupos. O elenco deste ano, no entanto, conta com nomes de peso, como Peanut, vice-campeão pela SK Telecom em 2017, e o chinês Xiye, que na mesma edição avançou até a semifinal com a Team WE.

PSG Talon
Vice-campeã da liga do Pacífico (PCS), que reúne times do sudeste asiático, a equipe de Hong Kong é fruto de uma parceria entre a Talon e o clube francês de futebol Paris Saint-Germain, iniciada em junho. Foi um ano movimentado para a novata, fundada no fim de 2019. Já no primeiro split de 2020, a Talon se consagrou campeã da primeira edição da PCS, torneio que é resultado da fusão entre as antigas ligas de Taiwan, Hong Kong e Macau (LMS) e a liga do Sudeste Asiático (LST). No segundo split, já vestindo a camisa do PSG, a equipe amargou a segunda colocação do torneio regional e, com isso, perdeu a vaga direta para a fase principal do Mundial. Embora seja estreante no torneio, a Talon PSG conta com vários nomes experientes na competição, ainda que nenhum deles tenha conquistado uma campanha muito relevante.

Rainbow7
A equipe mexicana chega ao Mundial pela primeira vez na condição de campeã da liga latino-americana. Apesar de sediada no México, conta no elenco com três jogadores argentinos e um chileno, além de dois mexicanos. Todos também são estreantes em torneios internacionais, embora a Rainbow7 já tenha participado do MSI 2018 com um elenco completamente diferente.

Unicorns of Love
Representando a Rússia, a Unicorns of Love volta ao Mundial um ano depois de sua estreia na competição. Três nomes daquele time continuam na Unicorns: o topo BOSS, o selva AHaHaCiK e o meio Nomanz. Na campanha do ano passado não conseguiram avançar para o segundo round da fase de entrada. Apesar disso, a equipe formada em 2019 já acumula três títulos consecutivos na liga russa (LCL).

V3 Esports
Mais uma estreante no Mundial, a japonesa V3 Esports chegou ao Mundial com a conquista inédita do título da liga do Japão. Assim como a Rainbow7, traz uma equipe inteiramente formada por novatos em competições internacionais.

Por Guilherme Neto
Apresentador do quadro Fliperama, no programa Stadium, da TV Brasil. A coluna é publicada às quintas-feiras

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