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novembro

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O analfabeto político Berthold Brecht

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Embora deva-se reconhecer que o pleito eleitoral ainda está longe, o que tem assustado é o grande número de pesquisados que pesquisados que pensam em votar em branco ou anular o voto.

As entrevistas nos mostram que o povo está de “saco cheio” da política brasileira. E não é para menos. Os atuais players estão preocupados consigo mesmos, verbas, orçamentos secretos, cargos em comissão, enfim, a vida do país “que se dane”.

Tudo bem, é justa a decepção geral, principalmente se levarmos em conta a subida dos preços na alimentação de nosso povo. Num país cuja vocação é a agricultura, e onde “em se plantando tudo dá”, a cenoura sobe mais de 30%, o tomate mais de 20%.

— Leia também: Sem plano de voo

Sem contar os combustíveis e outros produtos, como etanol que também vem da terra, e o governo não tem competência para conter isso, o que esperar dos demais produtos da nossa mesa diária que já vem subindo, enfim, a vida fica cada vez mais difícil a todos.

Então, a vontade é mesmo de jogar tudo para o ar, pensar na sua própria vida e deixar rolar tudo morro abaixo, ou acima.

Contudo a desistência não é o caminho para nada, principalmente quando se vai votar naqueles que irão comandar o país, este mesmo país que eles comandam agora (?) e que desagrada a todos.

Eliminar o voto, deixar de opinar, é um ato de covardia, de fuga de uma luta que devemos enfrentar, porque se votar não importa, então que rasguemos os títulos e damos uma banana para o amanhã, quando nossos filhos é que sofrerão.

Por conta disso, vem-me à mente um texto de Berthold Brecht, “O Analfabeto Político”. Talvez o texto mais preciso e útil para que nunca deixemos de acreditar no amanhã. E eu acredito, apesar de tudo. Por isso, para os que não conhecem o texto (a maioria da nossa gente), a matéria de hoje é a reprodução deste texto para, quem sabe, as pessoas acordem e participem do processo eleitoral, e sobretudo, saibam escolher melhor seus representantes.

Bertold Brecht
“O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio depende das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo”

Que tal você se alfabetizar politicamente e sair deste marasmo de analfabetos que a cada dois anos vem votando e nunca aprendem?

Sério Motti Trombelli
professor universitário e palestrante

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