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novembro

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O caminho é outro

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Com tantas opções, fica até difícil escolher um tema para fazer a matéria. O Brasil está mais para um caleidoscópio onde a cada mexida tudo muda e não se sabe o que mudou e nem o que virá.

Desde a posse do presidente Lula, as coisas não estão bem, culminando com a quebradeira do dia 8, quando uma multidão bolsonaristas, cerca de 5 mil pessoas, fizeram o maior quebra-quebra da história nacional.

Num só dia, o Supremo, a Câmara, o Senado e o Palácio do Planalto foram literalmente quebrados. A invasão foi insana. Aloucados e sem nenhum critério e nem sequer uma pauta de reivindicação, destruíram peças de arte, vidros, plenários, galeria de presidentes, tapetes, peça raras de museu, enfim, o que puderam em nome de um pretenso erro na apuração dos votos para presidente.

Este fato lamentável não foi somente a quebradeira de coisas materiais, mas sim uma cusparada na história de nossa pátria. Não foram objetos, mas nossa dignidade como país que ficou abalada, envergonhada.

Na camiseta de um destes vândalos lia-se “Meu partido é o Brasil”. Que partido, que Brasil?

Depois, o caso do ex-ministro Torres. O rascunho de uma minuta de um decreto de tomada do poder. Junto disso, a culpa de um governador, a omissão de policiais, enfim, uma baderna orquestrada que falhou, como só poderia falhar, porque foi feita justamente por uma turba de desordeiros que a cada vidro e a cada estrago riam e se vangloriavam do ato de vandalismo que praticavam.

Afinal, que país querem estes indivíduos? É tempo de reconstrução, de trabalho conjunto, de busca de mais empregos, enfim, precisamos de um novo Brasil capaz de promover uma redenção moralizadora e progressista.

Sinceramente, deu vergonha.

Sobretudo, deu raiva pela impotência da maioria dos brasileiros de bem que, surpresos com este ato, nada puderam fazer.

Mas ainda é tempo. E o que podemos fazer? Acreditar, respeitar as leis, suar no trabalho diário e exigir do novo governo que as coisas que foram prometidas, de fato, aconteçam. Estes atos são mais fortes do que a quebradeira.

Para quem pensa no país e quer bem nossa bandeira não basta colocar ela nas costas e sim no coração e na força de trabalho na busca do bem para todos.

Sérgio Motti Trombelli
é professor universitário e palestrante

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