O ex prefeito Farid Madi quer disputar as eleições majoritárias

Pré candidato pelo PODEMOS Farid concorreu a deputado federal nas eleições de 2022

“Apaziguar os ânimos, buscar o entendimento enquanto sociedade, para onde nós queremos ir, pois acredito que onde estamos hoje, ninguém quer ficar. Precisamos construir caminhos e é uma decisão da sociedade, de todos nós”. – Farid Said Madi.

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Liderando as primeiras pesquisas pela intenção de votos na cidade, o ex-prefeito Farid Madi diz que “é muito bom ser lembrado”, após ter sido prefeito há mais de 15 anos. Farid foi prefeito de Guarujá de 2005 a 2008.

Além de suas atividades como comerciante em Guarujá, o empresário havia desempenhado o papel de coordenador da regional de Vicente de Carvalho. Em 2022 concorreu ao cargo de deputado federal, tendo conquistado 28.567 votos.

“Quando lemos as pesquisas e vemos que após tanto tempo as pessoas lembram de você pelos seus feitos é muito gratificante”, destaca.

Farid atribui as boas lembranças à proximidade que tem com os munícipes. “Sempre fui uma pessoa presente, uma pessoa próxima, que abraça, eu sou assim mesmo: sou um cara que gosta de estar perto das pessoas Não mudo meu modo de ser por estar ocupando um cargo público”, afirma.

Ativo em sua pré-campanha, Farid conta que é reconhecido nas ruas e se surpreende quando é abordado por jovens, que talvez nem tivessem nascido, na época em que era prefeito.

A estes, Farid questiona e as respostas citam feitos durante sua gestão, tais como “No meu bairro tem uma escola que foi você que fez”, ou, “a gente tá morando numa casa que você fez e entregou para minha mãe”.

Durante sua gestão, foi iniciado o projeto habitacional Parque da Montanha, “que ficou parado praticamente durante oito anos e foi retomado nesta gestão, sendo que ainda não está concluído”, enfatiza.

“Hoje Guarujá é uma cidade muito diferente do que quando a assumi. E, muito mais diferente do que a que eu entreguei”, salienta.

O pré-candidato ressalta que durante seu governo houve incremento de investimento na cidade e isso gerou empregos. A instalação do Habib’s, do Carrefour e do Hotel Jequitimar, do Silvio Santos são alguns destes investimentos. Farid acredita que hoje Guarujá vive uma insegurança jurídica que tem afastado investidores.

Desburocratização

“Na minha gestão em um mês dávamos um alvará para comércio, para obra, hoje a pessoa leva um ano e não consegue tirar o alvará”. Para o pré-candidato o planejamento financeiro do investidor é comprometido com a demora do licenciamento para edificar uma obra ou abrir uma empresa.

Segundo Farid, o Guarujá deixou de ser uma cidade atraente para investidores na construção civil e em todos os setores e planeja deixar a cidade mais atraente, desburocratizar a prefeitura e oferecer mais segurança jurídica para os empreendedores que queiram investir no município.

Impedimento legal

“Eu não estou impedido coisa nenhuma”, afirma. E completa: “Tive um problema no tribunal de justiça, em um processo de improbidade administrativa, que na verdade não me atingia, mas que me prejudicou. A lei de improbidade administrativa em 2021 mudou, fazendo com que o STJ (Supremo Tribunal de Justiça) entendesse que no meu caso não houve ‘dolo’ (intenção) e por unanimidade, em 2022 a decisão foi anulada. Nunca tive nada transitado em julgado, é importante destacar”.

Proteção social

“Nós regredimos muito na questão social, na proteção social para as pessoas mais vulneráveis. Especialmente para o jovem que está na periferia e hoje é quem mais sofre. As pessoas foram abandonadas e a consequência disso nós estamos vendo agora”, pontua.

E segue: “Uma cidade, que não é diferente das outras da Baixada Santista, nem a mais violenta – que eu gosto de frisar sempre isso – nós poderíamos estar muito melhor se a gente não tivesse deixado de dar continuidade para a questão social, que nós vamos ter que olhar de novo, e a retomada vai ser um pouco mais difícil, mas sou otimista e recomeçaremos seja do ponto que for”.

Polaridade

Para Farid, a divisão ideológico partidária não deve interferir na gestão municipal. E relembra que quando esteve prefeito, o presidente do Brasil era o Lula o governador era o Alckmin, ocupando posições antagônicas politicamente e que mesmo assim conquistou recursos para o município nas duas esferas de poder.

“O prefeito tem de buscar os recursos para sua cidade, independente de que lado esteja, pois o interesse maior é o interesse público”, conclui.