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O “jogo do tigrinho”: jogadora ganhou e não conseguiu sacar!

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Prezados leitores, falamos na coluna de duas semanas atrás sobre a votação adiada da regulamentação de bingos e jogos de apostas, estão lembrados? Atualizando vocês, informo que o Senado aprovou e as normas sobre a pauta estão muito próximas de nossa realidade agora.

»» Leia também: Como anda o tal do “imposto da blusinha”?

Nessa semana, um caso viralizou na internet: uma apostadora jogou com R$400 (quatrocentos reais) e obteve um lucro de R$94 mil, aproximadamente. Ela mora em Maceió (AL) e contou em entrevistas que após receber a notícia, deixou o valor lá para não cair na tentação de perder em novas apostas e fez planos com a quantia.

A alagoana é mãe, trabalha de forma autônoma e recebe auxílio do Bolsa Família. Tinha pretensões de comprar uma casa para ela e seus dois filhos. Mas, para sua infeliz surpresa, ao tentar sacar o valor que ganhou, teve a notícia que sua conta foi bloqueada por um “problema no sistema”, comumente o que conhecemos como “bug”.

Ela ajuizou uma ação contra a influenciadora que divulgava esse jogo em sua rede social, busca danos morais pelo ocorrido, pois ela acreditou nos ganhos que a influencer mostrou ter com o jogo. Agora, você deve estar se questionando por qual motivo não processou a plataforma, não é mesmo? Eis aí o golpe!

Essas plataformas possuem como origem de acesso sites temporários, nesse caso foi a “Rico33.com”. Lá não há canais de atendimento para contato, ele serve tão somente para disparar os links de acesso. Depois de um tempo que isso foi divulgado e distribuído na rede, os proprietários derrubam o site, criam outro e assim vai acontecendo. Com isso, inúmeras pessoas são lesadas.

“Mas, eu vi ganharem!”. Pois bem, a divulgação é feita por influenciadores que recebem – de acordo com apurações da Polícia Civil de Alagoas – um acesso chamado “demo” o qual é programado só para ganhar. Então, quando os influencers fazem os vídeos apresentando a plataforma do jogo, sempre conseguem sucesso, o que ajuda a convencer as pessoas em tentar a sorte.

Vemos muito relatos de pessoas que colocaram suas vidas em risco por causa das consequências de jogos de azar, por isso, muitas pessoas não são a favor da regulamentação.

Por outro lado, os que concordam com a regulamentação, sustentam que assim as pessoas vão conseguir punir quem usar a plataforma de maneira indevida para aplicar golpes.

Que através desse exemplo possamos ficar mais alertas com o que nos é oferecido. A internet está recheada de golpes “fantasiados” de oportunidades.

Fique atento(a) ao seu Direito, mas também aos seus deveres!

Beatriz Biancato é advogada tributarista em Guarujá, com ênfase em Tributação Municipal, Autora pela Editora Dialética e Idealizadora do Projeto gratuito “Tributário Sem Mistério”, cujo acesso pode ser feito através de www.tributariosemmisterio.com.br

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