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Coluna: O novo governo
A posse de Lula transcorreu com a maior tranquilidade e segurança. Nada das ameaças dos anarquistas bolsonaristas se efetivou, mostrando que tudo não passava de bravatas sem fundamento. Assim, prevaleceu a ordem e a paz, características do povo brasileiro.
No ar, uma imensa esperança de dias melhores. A escolha dos ministérios obedeceu a uma diversidade jamais vista: mais mulheres, distribuição partidária dos ministros escolhidos, pessoas que realmente dominam o assunto que cabe a cada ministérios, enfim, um governo de democracia e comprometimento com as causas relevantes de nosso país.
Contudo, há uma preocupação, 37 ministérios é muita coisa para um orçamento que se propõe a fazer tanta coisa pala economia e os mais necessitados do país. A máquina pública pode “comer” o orçamento consigo mesma se não for bem administrado, e não é hábito em Brasília se administrar as contas com parcimônia e economia.
Bolsonaro conseguiu “segurar” a Câmara e o Senado com o orçamento secreto. Lula vai “segurar” esse pelotão inteiro com o loteamento de ministérios. O que será mais caro e mais nocivo ao povo brasileiro? Quanto custava as emendas de relator e quanto custarão estes ministérios a mais?
Ademais, os ministérios mais importantes ficaram na mão do PT, o que mostra inequivocamente que só se fará aquilo que o PT desejar que seja feito. Desta forma, a “frente ampla” proposta em campanha irá se resumir numa vontade não ampla, mas única.
Por isso paira no ar um certo medo entre os analistas políticos. É possível que rapidamente substituições sejam feitas de modo a que todo o efetivo dos petistas tradicionais seja novamente encaixado no governo e peças sejam ressuscitadas e galgadas ao poder novamente, como José Dirceu, Genuíno, Dilma, membros raízes do partido que ficaram no ostracismo e podem voltar à cena.
Todos sabemos que pessoas de ontem têm ideias de anteontem, e neste mundo rápido e de desenvolvimento altamente tecnológico, com procedimentos avançados, principalmente na economia, as ideias que triunfam são as ideias que conduzem para o amanhã.
O ex-ministro Maílson da Nóbrega, numa entrevista, disse que “O PT não mudou nada e não aprendeu nada”, será?
Esperamos que não seja assim, afinal o que mais desejamos é um governo diferente e mais progressista do que o anterior, que seja mais humano com os necessitados, melhore a saúde e a educação, além de trazer mais empregos e minorar a fome do país.
É aguardar para ver.
Sérgio Motti Trombelli
é professor universitário e palestrante
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