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novembro

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Ou lá, ou cá, é tudo igual

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O que era esperado está se confirmando: a eleição será polarizada mesmo. A terceira via não se viabiliza e os partidos começam a analisar onde vão caminhar, se lá ou cá, desde agora, conforme as perspectivas das pesquisas.

Não que a terceira via ainda não possa existir, pode. Mas é aquela história: “por que ele, e não eu”, ou “por que ela e não eu”. Na vida política, todos acham que podem ser o escolhido e querem apoio dos demais.

— Leia também: O analfabeto político Berthold Brecht

Lula continua na frente, mas a vantagem está diminuindo, o que indica que, a continuar assim, ambos chegarão na reta final, mais ou menos empatados. Alguns fatos externos acabaram influindo nisso. O caso do aborto comentado pelo ex-presidente, e agora as gravações dos juízes militares sobre a tortura no país durante a ditadura.

Quem sabe isso sirva até para a viabilização de uma candidatura do meio, quem sabe?

Seja como for, a campanha começou muito cedo, apesar do povo ainda não estar nem aí para as eleições, haja vista o volume dos que vão votar em brando ou anular o voto. Falar em candidaturas desde já leva o povo à exaustão, em outras palavras “ficar de saco cheio” do assunto e isto não é bom, porque muitas vezes este comportamento acaba levando os leitores a ficar com qualquer um, ou deixar para o último dia. E aí, já “que é assim vai tu mesmo”.

É pena, porque este seria um momento especial de profunda reflexão do povo. Nosso país vai mal. Os políticos do legislativo mandam no país e o dono do orçamento é o Presidente da Câmara, Airton Lira, engessando a vontade do presidente. Recentemente o UOL mostrou que o estado que mais dinheiro recebeu emendas foi exatamente o dele.

Por outro lado, os escândalos do MEC, onde se “vendia verbas em troca de bíblias” deixaram o povo cada vez com menos chances de terem educação melhor, saúde melhor, empregos, enfim uma vida mais digna.

É o como diz uma canção antiga “Lá vem o Brasil descendo a ladeira”. Esperemos que não chegue ao fundo do poço e isto só irá acontecer se as cabeças se aclararem e as escolhas dos players forem corretas.

Afinal, vamos entregar o país na mão daqueles que comandarão nossas vidas por mais quatro anos.

Vale a pergunta: será que está bom do jeito que está? O que você está achando?

Sérgio Motti Trombelli
é professor universitário e palestrante

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