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Outubro Rosa: ‘A atividade física me ajudou no tratamento’

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Karen já praticou natação, triatlo, travessia, corrida e agora está lutando muay thay. Foto: Edson Sousa/Secretaria de Esportes

Redação

O ano de 2021 foi um divisor de águas na vida de Karen Jircik, de 56 anos. Em meio à pandemia, ela recebeu o diagnóstico de câncer de mama. O parecer médico caiu como uma bomba, especialmente pelo fator surpresa. “Eu fazia exames regulares desde os meus 30 anos e nada havia aparecido. Levava uma vida ativa, praticava esportes, era uma pessoa que cuidava da saúde. Quando recebi esse diagnóstico, pensei: ‘Mas por que comigo?’. Fiquei com muito medo”, conta a professora de Educação Física.

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Karen deu início ao tratamento em março de 2021. Passou por sessões de quimioterapia, radioterapia e imunoterapia. “Sempre tive fé que me recuperaria e acreditei na ciência, nos profissionais que cuidariam de mim. Não tinha por que não dar certo.”

Os efeitos dos medicamentos eram devastadores. Perda de apetite, náuseas e vômitos, perda de cabelo e fadiga eram algumas das sequelas mais comuns àquele processo. Mas Karen achou um antídoto natural para levar o tratamento de forma menos traumática. Por indicação médica, ela inseriu a atividade física de forma regular em sua rotina.

Primeiro, foi o spinning, utilizando a bicicleta ergométrica que tinha em casa. A musculação foi entrando aos poucos na programação. O esporte deu uma outra cor ao tratamento de Karen.

“Durante os cinco meses de tratamento, a atividade física ajudou a minimizar os efeitos colaterais das medicações. O esporte entrou na minha vida para melhorar o meu condicionamento, reduzir o risco de recidiva e metástase e aumentar a minha chance de sobrevivência. É muito importante manter o corpo ativo”, comenta.

Recuperada do câncer de mama, Karen agora se especializa em agregar modalidades ao seu dia a dia. A bola da vez é o muay thay. “Fiz natação, triatlo, travessia, corrida, mas nunca me imaginei lutando. No muay thay, eu coloco para fora toda a minha energia, minhas tensões. É um esporte que me ajuda muito na questão neurocognitiva, a restabelecer o equilíbrio, a força, além de fazer novos amigos. Estou adorando.”

A experiência de ter vencido o câncer abriu uma nova porta para Karen, que hoje ministra aulas para mulheres em tratamento contra a doença. “O câncer me trouxe uma nova consciência. Meu propósito é ajudar mulheres nessa condição a se beneficiarem da atividade física e passarem por tudo isso de forma mais leve. O esporte ajudou na minha cura e pode fazer isso por outras mulheres.”

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